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Castrados crêem na inocência de Brandão
da Agência Folha, em São Luís
José Ribamar Cidreira, 23, e Rejânio de Jesus Morais, 21, integrantes da seita Mundial que foram
castrados, disseram à Agência Folha que acreditam na inocência de
Donato Brandão e que foram vítimas de um assalto.
Cidreiras, que só se refere a Brandão como pai, disse que considera
um absurdo acusar Brandão de
mandar castrá-los. "Nosso pai
(Brandão) é uma pessoa muito boa
e caridosa. Não acredito que ele tenha mandado fazer uma barbaridade dessas", disse.
Morais não quis gravar entrevista, mas fez questão de afirmar que
não sabia do assalto com antecedência e de que não acredita que
Brandão tenha tramado tudo.
"Não aguento mais falar sobre isso. Eu quero paz", disse. Os dois
estão detidos em celas do quartel
da Polícia Militar, em São Luís, e
não correm mais riscos de vida.
Eles são acusados de cumplicidade com Brandão. Segundo a polícia, eles saberiam da ocorrência do
assalto.
Cidreira disse que o suposto assalto durou cerca de uma hora. Ele
afirmou que antes de castrá-los, os
homens tentaram violentá-los.
"Eles disseram que, como a gente
não quis transar com eles, não iríamos transar com mais ninguém."
Segundo Cidreira, os supostos
assaltantes ficaram furiosos quando perceberam que eles não tinham dinheiro. "Eu ainda ofereci
o carro no qual nós andávamos."
Segundo Cidreira, o adolescente
I.R.J.B.C. foi o primeiro a ser castrado. O adolescente está internado numa clínica de São Luís, mas
também não corre mais riscos de
vida. Os três perderam seus pênis
na totalidade.
Morais não quis falar sobre o que
pensava de Brandão. Sua maior
preocupação era saber qual a reação de sua avó diante de sua prisão.
"Ela é cardíaca e tem 82 anos", disse. Indagado sobre como sentia a
castração, Cidreira comparou sua
situação a de um eunuco. "A diferença é que eu não tenho nenhuma
rainha para cuidar."
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