São Paulo, Terça-feira, 02 de Março de 1999
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Sexo com líder era 'ritual'

da Agência Folha, em S. Luís

O líder da seita Mundial, Donato Brandão, convencia os homens de sua seita a praticar relações sexuais com ele dizendo ser um "ritual de purificação".
Segundo depoimento de pelo menos três integrantes à polícia, o ritual começava com o militante fazendo uma dança no quarto onde Brandão dormia.
Aos mais renitentes à relação, Brandão costumava dizer que "assim como os anjos, os homens da Mundial não têm sexo definido".
O ritual de entrada na seita Mundial começava com a participação em um curso doutrinário dado por Brandão, num ciclo de palestras.
Para angariar simpatizantes, Brandão oferecia-lhes emprego e o custeio dos estudos. Segundo a polícia, o grupo chegou a ter 42 militantes em São Luís.
Ao entrar na seita, os filiados assinavam uma ficha onde descreviam todos os seus bens. O grupo era financiado pelo trabalho grupal de venda de cartões e livretos das edições Paulinas, ligada à Igreja Católica.
Na sede da seita, a polícia achou vários documentos teóricos escritos por Brandão. Num deles, "O nascimento de um príncipe", Brandão descreve o nascimento do adolescente I.R.J.B.C., que também foi castrado, comparando-o a Jesus. (PM)




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