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AMBIENTE
Outra barragem está ameaçada
Órgão alerta para risco de novo rompimento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DO RIO
Outra barragem de contenção
de rejeitos tóxicos ameaça se
romper na área rural de Cataguases, em Minas Gerais. A represa
possui aproximadamente as mesmas dimensões da que vazou no
último sábado, contaminando
dois importantes rios da região
(Pomba e Paraíba do Sul) e interrompendo o abastecimento de
água em cidades do norte e noroeste fluminense.
O alerta foi dado ontem por
Mauro Costa, presidente da Copasa (Companhia de Saneamento
de Minas Gerais), que esteve na
área do acidente para avaliar os
danos, com representantes de órgãos ambientais dos dois Estados.
"Não gostamos da condição da
barragem. Se houver uma chuva
forte, pode haver rompimento."
A barragem ameaçada fica na
mesma região do acidente de sábado e também contém alta concentração de soda cáustica, usada
em processos ultrapassados de
produção de celulose.
De acordo com a Secretaria do
Meio Ambiente de Minas Gerais,
a Cataguases Papel, responsável
pelas barragens, está em situação
irregular pelo descumprimento
de exigências do Copam (Conselho de Política Ambiental) do Estado. A empresa foi autuada em
1995 por causar poluição e operar
sem a licença de operação, indeferida pelo governo mineiro em
1999 e em 2001.
Manchas
Ontem, manchas dos produtos
químicos chegaram às cidades
fluminenses de Cambuci e de São
Fidélis. Em ambas, o fornecimento de água foi suspenso por tempo
indeterminado. Com isso, já são
cinco os municípios do Rio de Janeiro que estão sem distribuição
de água por conta do vazamento.
A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, afirmou ontem em
Belo Horizonte que o vazamento
é "um crime que não pode ficar de
jeito nenhum sem as devidas penalidades". Ela determinou que o
sistema de contenção da Petrobras fosse deslocado para a região
para remover a poluição nos rios.
A Indústria Cataguases de Papel, responsável por pelo menos
três reservatórios de rejeitos tóxicos em Cataguases, ainda não se
pronunciou sobre o acidente. A
empresa foi multada ontem pelo
Batalhão Florestal da Polícia Militar do Rio de Janeiro no valor de
R$ 50 milhões, pelos danos causados ao ambiente, e tem 20 dias para se manifestar sobre a multa.
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