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EUA não recomendam o auto-exame
DA SUCURSAL DO RIO
E DA REPORTAGEM LOCAL
A recomendação do Ministério
da Saúde e do Inca de diminuir a
ênfase dada ao auto-exame para
detectar o câncer de mama segue
uma tendência internacional.
A Sociedade Americana do
Câncer deixou de recomendar o
auto-exame mensal para mulheres a partir dos 20 anos e sugere
que elas passem a ser informadas
das limitações do exame.
No documento publicado neste
ano com as diretrizes para a detecção precoce do câncer, a entidade justifica a mudança com
uma pouca evidência científica de
que o auto-exame tenha sido suficiente para detectar a doença.
"O consenso entre organizações
e especialistas em câncer é que é
mais provável que o câncer seja
detectado durante atividades de
rotina, graças ao aumento da
conscientização nas últimas décadas sobre câncer de mama e seus
sintomas", diz o documento.
A entidade, porém, não chega a
recomendar, de forma incisiva,
que as mulheres deixem de fazer o
auto-exame. Nas diretrizes para
este ano, pondera que o exame
pode elevar a vigilância da mulher
a respeito de mudanças na mama.
A sociedade recomenda que os
médicos mostrem que outros
meios de manter a vigilância são
mais importantes, enfatizando
que as mulheres sejam informadas sobre outros sintomas e sobre
a importância de procurar o médico assim que surgir a suspeita.
Os únicos estudos prospectivos
e randomizados (aleatórios) sobre o tema já publicados, um russo e outro chinês, acompanharam
mulheres que faziam periodicamente o auto-exame e mostram
que a medida não conseguiu reduzir o índice de mortalidade.
Ambos os estudos indicam que,
nos grupos de mulheres que fizeram o auto-exame, houve 50% a
mais de biópsias e duas vezes
mais consultas não programadas,
mas sem diferenças significativas
nos casos diagnosticados em relação ao grupo de controle.
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