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Tia de Lula sofre amputação por falta de atendimento
Corina Guilhermina da Silva, 77, procurou, sem sucesso, tratamento médico especializado durante três semanas
Médico diz que atendimento correto evitaria intervenção; prima do presidente diz que Lula ainda não ajudou a tia porque desconhece o caso
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Corina Guilhermina da Silva,
77, tia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve de amputar sua perna direita na última
sexta-feira. Ela procurou atendimento médico especializado
em Garanhuns (209 km de Recife) e Caruaru (134 km da capital) durante três semanas, mas
não obteve sucesso. Ao chegar
ao Hospital Jesus Pequenino,
em Bezerros (109 km de Recife), ela teve de ser operada por
conta de uma gangrena no pé,
conseqüência de diabetes e arteriosclerose. Sua perna direita
foi amputada.
O médico que realizou a intervenção, Artur de Souza
Leão, disse à Folha que, se Corina tivesse recebido atendimento adequado no primeiro
hospital, a amputação possivelmente não seria necessária. A
reportagem não conseguiu falar com a Secretaria da Saúde
de Pernambuco. Não houve expediente no órgão ontem.
Ajuda de familiares
Maria José Silva Vanderley,
42, prima do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, afirmou
ontem que irá pedir a ele uma
ajuda para comprar uma prótese para a mãe.
Segundo Vanderley, o presidente ainda não auxiliou a tia
porque desconhece o caso. "A
gente sabe que ele vai ajudar.
Não tenho o endereço dele, mas
vou procurar saber." Ela disse
que a mãe está muito nervosa.
Corina -que é irmã do pai já
falecido de Lula- mora num sítio em Caetés (239 km de Recife), com o marido. Ambos são
aposentados e recebem, cada
um, R$ 350 por mês.
Anteontem, Corina ganhou
uma cadeira de rodas de uma
emissora de rádio. Ela permanece internada, mas, segundo o
médico, deve receber alta até o
final da semana.
A assessoria de imprensa do
Palácio do Planalto informou
que não iria se pronunciar sobre o assunto.
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