São Paulo, sábado, 2 de maio de 1998

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Maior desafio é melhorar as pistas sem aumentar acidentes

da Reportagem Local

Um dos maiores desafios do processo de licitação de rodovias é melhorar as condições das pistas, como exigem os usuários, e ainda assim manter baixos os índices de acidentes, que tendem a crescer devido ao excesso de velocidade.
Hoje, nas estradas estaduais, morrem por mês cerca de 250 pessoas, segundo o secretário de Estado dos Transportes, Michael Zeitlin. Nesse número só estão contabilizadas as pessoas que morrem nas pistas. Não estão computadas aí as vítimas que são socorridas e morrem sendo atendidas em hospitais.
A concessão da Anhanguera-Bandeirantes enfrenta o mesmo dilema. Sem um termo contratual que controle diretamente o índice de acidentes, como um limite máximo de desastres por quilômetro, a concessão trata o problema com artifícios como definição de trechos com maior risco de acidentes e realização de sinalização especial nesses locais.
Segundo Renato Alves Vale, presidente da AutoBAn, a segurança em uma rodovia depende de três itens: engenharia, fiscalização e educação.
"O que se percebe pelo exemplo da Dutra (rodovia federal privatizada há dois anos) é que os números de vários tipos de acidente caíram, mas os atropelamentos continuam ocorrendo, e muitas vezes sob as passarelas. O que está faltando é educar a população que vive ao longo da estrada."
O secretário diz que cerca de 50% dos acidentes ocorridos em estradas devem-se a erros humanos, que dificulta a prevenção desse tipo de ocorrência.
Além da atenção especiais aos trechos mais perigosos, o secretário dos Transportes prevê redução dos acidentes com a construção de faixas adicionais nas duas rodovias. "Haverá uma área de escape maior para os motoristas evitarem acidentes", disse Zeitlin.



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