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CLIMA
Corpo de Bombeiros registrou 15 deslizamentos de terra na cidade; prefeito decretou estado de calamidade pública
Chuva mata 14 e destrói casas em Maceió
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Quatorze pessoas morreram em
Maceió, ontem, em decorrência
da forte chuva que atingiu a cidade. Segundo a Defesa Civil do Estado, 12 ficaram soterradas em
deslizamentos de terra e duas foram vítimas de afogamentos.
O Corpo de Bombeiros registrou 15 casos de deslizamento de
terra ontem na capital alagoana.
Várias casas foram destruídas. No
final da tarde, o prefeito interino,
Alberto Sexta Feira, decretou estado de calamidade pública.
Três escolas -duas municipais
e uma do Estado- foram preparadas para receber os desabrigados. Até o final da tarde de ontem,
cerca de 300 pessoas estavam sendo encaminhadas para os abrigos
pela Defesa Civil do município. O
número de pessoas abrigadas em
casas de parentes e amigos ainda
não havia sido levantado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, praticamente toda a cidade
amanheceu alagada ontem. Apesar de o volume de chuva ter diminuído muito durante a tarde,
no início da noite ainda havia
pontos de alagamento.
As aulas nas escolas municipais
e estaduais e na Ufal (Universidade Federal de Alagoas) foram suspensas. A Defesa Civil pediu pelas
rádios que as pessoas evitassem
sair às ruas.
O prefeito interino passou o dia
na sede do comando do Corpo de
Bombeiros acompanhando as
operações. No final do dia, ele fez
uma visita aos principais pontos
atingidos pelas chuvas.
Pela manhã, um caminhão que
transportava trabalhadores rurais
em uma fazenda no município de
Paripueira (30 km de Maceió) capotou, matando cinco pessoas.
Outras três ficaram feridas e foram transferidas para a capital
alagoana. A Polícia Civil informou que o acidente pode ter
acontecido por causa da chuva.
De acordo com informações do
Radar Meteorológico de Alagoas,
serviço que monitora as chuvas
no Estado, das 16h de segunda-feira às 8h de ontem havia chovido 110 mm. Um milímetro de
chuva equivale a um litro de água
por metro quadrado de superfície. Por causa da tempestade, não
foi possível chegar aos locais de
medição do nível pluviométrico
para atualizar os dados.
O coordenador do Radar, professor Ricardo Sarmento Tenório,
disse que a chuva foi provocada
por uma nebulosidade muito
concentrada, proveniente do
oceano Atlântico, possivelmente
formada na costa da África, que
estacionou sobre Maceió.
A última grande tragédia no Estado, informaram os Bombeiros,
foi em 2000, com 20 mortos.
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