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Ressacas continuam no inverno
da Sucursal do Rio
Os cariocas terão que se acostumar com as ressacas, que deverão
ser frequentes este ano, alerta David Zee, 43, professor do Departamento de Oceanografia da Uerj
(Universidade Estadual do Rio de
Janeiro).
"Essa não foi a primeira nem será
a última ressaca deste ano. E, com
boa margem de certeza, também
não será a pior", diz.
As ressacas, segundo Zee, vão
marcar o outono e o inverno. "A
fúria do mar parece estar sendo
provocada pelo fenômeno La Niña
(resfriamento das águas do oceano
Pacífico). Se isso for confirmado,
teremos muita catástrofe no Rio",
afirma.
Tudo indica, segundo o professor, que La Niña esteja sendo gerada no Pólo Sul. "Estamos acompanhando dados internacionais a
respeito do oceano Pacífico equatorial, na costa do Peru e do Equador, e parece que o fenômeno vai
voltar a se repetir", diz Zee.
Nos últimos três anos (1976, 1988
e 1996) em que o fenômeno foi verificado no Rio, a cidade sofreu
com enchentes e ressacas, segundo
o professor.
Para Zee, a continuação da ressaca pode levar ao rompimento dos
pilares de sustentação do emissário submarino de Ipanema. Segundo ele, dos 90 pilares, 70 estão em
condições precárias.
"A junção do emissário está exposta à ação das ondas. Se o ritmo
de erosão da praia continuar assim, pode haver rompimento do
emissário, que ficará sem sustentação na areia."
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