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Motorista já foi flagrada 3 vezes
DA REPORTAGEM LOCAL
Rita Fonseca, 34, diretora de um programa de televisão da TV
Record, levou três multas, no intervalo de seis meses, depois que a
CET passou a autuar os motoristas que usam celular no volante.
"Eu falo muito, sempre. No trânsito, não é diferente", afirma
Rita, que comprou acessórios autorizados por lei após receber a
terceira multa. Ela admite que muda seu comportamento na direção enquanto fala ao celular.
"Mas eu já me adaptei. Quando estou falando, diminuo a velocidade e fico na faixa da direita."
A psicóloga Juliana Colli, 26, que levou uma multa por uso de celular no começo deste ano, diz que a atitude de alguns motoristas
atrapalha a fluidez. "Eu ficou irritada quando alguém fica empacado, andando devagar, só para falar ao celular", afirma.
Juliana comprou um viva-voz
depois de ser multada. Até então,
ela diz que só utilizava seu celular
para conversas rápidas ou quando estava praticamente parada
em congestionamentos. "Antes,
era mais para dar algum recado."
A psicóloga afirma que aumentou a frequência de uso do celular
após a compra do acessório autorizado por lei. "Hoje, eu uso meu
celular principalmente quando
estou no trânsito. Seria um tempo
perdido, mas eu aproveito para
colocar os telefonemas em dia.
Para mim, não atrapalha. É como ouvir uma música ou estar pensando na vida", diz Juliana.
A CET de São Paulo planeja uma campanha educativa neste
segundo semestre sobre a utilização do celular no trânsito, segundo Maurício Régio, assessor de segurança de trânsito da companhia. Ele avalia que houve aumento do desrespeito à lei.
"O celular hoje é uma caneta na mão dos motoristas. A gente aumentou a fiscalização. Mas eu acredito que também houve aumento do desrespeito", diz.
Nas lojas da BCP, um viva-voz varia de R$ 27 a R$ 480, dependendo do modelo de celular. O kit do Motorola StarTac, um dos mais comuns no mercado, sai por
R$ 60. O "speak easy" varia de R$ 31 a R$ 43.
(AI)
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