São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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"Só saio de casa com bloqueador solar"

Durante minha adolescência eu era fascinada pelo sol. Adorava ficar esticada na praia, na piscina, onde quer que fosse, durante os horários considerados mais impróprios. Nunca me importei com proteção solar, achava que nada aconteceria.
Quando eu estava com 31 anos eu percebi uma pequena ferida no nariz, semelhante a uma espinha. Ela sempre sangrava e não cicatrizava. Eu não dei muita bola. Só resolvi procurar um médico muito tempo depois, porque minha mãe ficava no meu pé.
Para minha surpresa, depois de fazer a biópsia da ferida, descobri que era um câncer de pele que já havia atingido a cartilagem do meu nariz. Precisei fazer uma cirurgia.
Como o médico disse que esse era um tumor de fácil tratamento, achei que nunca mais voltaria a acontecer e continuei me expondo ao sol sem nenhuma proteção.
Até que, há cerca de cinco anos, vários tumores começaram a "pipocar" nas minhas costas, no colo e na orelha. Só então eu resolvi me cuidar de verdade. Só saio de casa com bloqueador solar e quando estou na praia evito os horários de sol intenso. Hoje eu sofro as conseqüências da minha imprudência, que começou há mais de 20 anos.


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