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"Mercado da morte" oferece serviços e produtos diversos
Saiba mais sobre as funções de "promoter de funeral", manicure de mortos e mestre-de-cerimônias em crematórios
ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REVISTA DA FOHA
A morte é quase um tabu, e quem trabalha com ela aprende logo
a enfrentar a estranheza e o desconforto dos vivos. A maioria não
gosta nem de falar no assunto, mas o mercado comum da finitude
não é muito diferente do da vida. Ele também segue a filosofia dos
tempos e, se o atual é regido pelo consumo, natural que até nessa
hora surjam novos serviços e produtos para quem pode pagar.
Você já ouviu falar em promoter de funeral? Ora, se a tendência
global é terceirizar serviços, por que não haveria uma assessora
que se incumbe de tudo, da aparência final do falecido à organização de um funeral em grande estilo, com direito a manicure, cabeleireira, maquiadora, "hostess" e até flores que caem do céu?
Sabia que, como no hip hop ou em grandes eventos, a cremação
também tem o seu MC, um mestre-de-cerimônias contratado para atuar nos últimos momentos de cada um? Não que essas profissões sejam novas: a novidade está na clientela.
O escritor Otto Lara Resende (1922-1992) dizia que a morte é o
clube mais aberto do mundo. Quanto a isso, ninguém duvida. Mas
até esse clube tem uma área VIP, como o leitor poderá acompanhar com os personagens desta reportagem.
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