São Paulo, quinta, 2 de julho de 1998

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Casos de malária crescem 47% no AM

ALTINO MACHADO
da Agência Folha, em Manaus

A diretora do IMT-AM (Instituto de Medicina Tropical do Amazonas), Graça Alecrim, informou ontem que o registro de casos de malária no Estado, em relação ao ano passado, aumentou 47% no período de janeiro a maio.
Já foram registrados 39,6 mil casos da doença, sendo que, no mesmo período do ano passado, foram registrados 26,8 mil casos.
O Amazonas fechou o ano passado com 94 mil casos de malária, sendo 10,4 mil deles diagnosticados em Manaus. A diretora do IMT-AM assinalou que, de julho a a outubro, é normal o aumento de casos da doença por causa da estiagem na região, que facilita a proliferação dos mosquitos anofelinos (transmissores da malária).
O IMT-AM espera, por causa da prevenção com inseticida, que haja redução dos casos em Manaus neste ano. A previsão não abrange os municípios do interior, onde os casos têm aumentado.
Apesar da tendência de redução de casos de malária na região amazônica, os Estados do Amazonas e do Amapá tiveram 118 mil pessoas infectadas em 97. No Amapá, os casos evoluíram de 19 mil, em 96, para 24,6 mil casos em 97.
No Amazonas, de 70 mil casos em 96, a malária passou para os 94 mil casos do ano passado. Em março, as autoridades estaduais de saúde trabalhavam com a previsão de que esse índice dobrasse até o final deste ano.
A Amazônia brasileira detinha, em 96, 40% (445 mil) dos casos de malária nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde.



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