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Policiais cercam prédio invadido em Curitiba
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE E EM CURITIBA
DA SUCURSAL DO RIO
Policiais militares cercaram ontem à tarde um prédio invadido
há quase dois meses no centro de
Curitiba para evitar que o imóvel
receba mais invasores. Cerca de
60 pessoas estão isoladas dentro
do prédio de nove andares. Outras cem foram impedidas de entrar novamente no local.
A ação da PM foi decidida após
desentendimento entre Anselmo
Schewertner, 39, líder dos sem-teto, e assessores da Secretaria da
Segurança Pública. Em reunião
ontem de manhã, Schewertner
não conseguiu estender o prazo
para a remoção e teria ameaçado
convocar mais militantes para dificultar a reintegração de posse do
prédio do Itaú (que obteve a reintegração na Justiça). O prazo para
a desocupação acaba hoje, às 18h.
Olinda
Um grupo formado por 68 famílias de sem-teto (cerca de 250
pessoas) invadiu ontem uma escola desativada, no bairro de Cidade Tabajara, que era administrada pela Prefeitura de Olinda
(região metropolitana de Recife).
Os invasores ficaram no local
por cerca de seis horas e depois
voltaram ao terreno particular de
onde haviam saído, no mesmo
bairro. O grupo havia deixado a
área pois tinha informações de
que tramitava na Justiça a ação de
reintegração de posse.
Após a invasão, eles foram convencidos pela prefeitura de que
era uma ação "precipitada". A
prefeitura se comprometeu a procurar uma solução.
Rio de Janeiro
Cerca de 200 pessoas invadiram
na manhã de ontem dois prédios
abandonados na Mangueira (zona norte do Rio de Janeiro).
Os invasores ocuparam todos
os andares dos edifícios, que pertencem ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e
estão vazios há anos. Um prédio
tem dez andares. O outro, seis.
A PM só chegou ao local por
volta das 13h e conseguiu retirar o
grupo, que saiu sem protestos.
A polícia diz que os invasores
são moradores do vizinho morro
da Mangueira e não integram um
grupo organizado. O comandante
do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel César Augusto Tanner, disse que eles não levaram pertences
e voltaram à favela. "Se eles quisessem ocupar realmente os prédios, teriam trazido a mudança."
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