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São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2003

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Policiais cercam prédio invadido em Curitiba

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE E EM CURITIBA
DA SUCURSAL DO RIO

Policiais militares cercaram ontem à tarde um prédio invadido há quase dois meses no centro de Curitiba para evitar que o imóvel receba mais invasores. Cerca de 60 pessoas estão isoladas dentro do prédio de nove andares. Outras cem foram impedidas de entrar novamente no local.
A ação da PM foi decidida após desentendimento entre Anselmo Schewertner, 39, líder dos sem-teto, e assessores da Secretaria da Segurança Pública. Em reunião ontem de manhã, Schewertner não conseguiu estender o prazo para a remoção e teria ameaçado convocar mais militantes para dificultar a reintegração de posse do prédio do Itaú (que obteve a reintegração na Justiça). O prazo para a desocupação acaba hoje, às 18h.

Olinda
Um grupo formado por 68 famílias de sem-teto (cerca de 250 pessoas) invadiu ontem uma escola desativada, no bairro de Cidade Tabajara, que era administrada pela Prefeitura de Olinda (região metropolitana de Recife).
Os invasores ficaram no local por cerca de seis horas e depois voltaram ao terreno particular de onde haviam saído, no mesmo bairro. O grupo havia deixado a área pois tinha informações de que tramitava na Justiça a ação de reintegração de posse.
Após a invasão, eles foram convencidos pela prefeitura de que era uma ação "precipitada". A prefeitura se comprometeu a procurar uma solução.

Rio de Janeiro
Cerca de 200 pessoas invadiram na manhã de ontem dois prédios abandonados na Mangueira (zona norte do Rio de Janeiro).
Os invasores ocuparam todos os andares dos edifícios, que pertencem ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e estão vazios há anos. Um prédio tem dez andares. O outro, seis.
A PM só chegou ao local por volta das 13h e conseguiu retirar o grupo, que saiu sem protestos.
A polícia diz que os invasores são moradores do vizinho morro da Mangueira e não integram um grupo organizado. O comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel César Augusto Tanner, disse que eles não levaram pertences e voltaram à favela. "Se eles quisessem ocupar realmente os prédios, teriam trazido a mudança."


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