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São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2003

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RIO

Garotinho manda cercar 21 favelas para impedir a entrada de drogas e armas
A polícia do Rio cercou ontem o acesso a 21 favelas com o objetivo de impedir a entrada e a saída de drogas e armas. O secretário estadual de Segurança Pública, Anthony Garotinho, visitou cinco delas: Mineira (Catumbi, zona norte), Mangueira (São Cristóvão, zona norte), Dona Marta (Botafogo, zona sul), Rocinha e Vidigal, ambas em São Conrado, na zona sul.
Ele ficou de cinco a dez minutos em cada favela, mas não chegou a subir. Ficou nos acessos, cercado por seguranças, cumprimentando moradores. "Vim conferir se o cerco está sendo feito corretamente", disse.
Segundo ele, o cerco pretende "asfixiar a criminalidade". Com os policiais nos principais acessos, ele disse que vai inibir a circulação de drogas e armas nas favelas. Os policiais encarregados do cerco estão orientados a revistar pessoas, carros e caminhões considerados suspeitos.
Às 16h, a Folha esteve no acesso principal da favela Dona Marta. Até as 16h30, nenhum morador, carro ou moto havia sido revistado. Dos três policiais que vigiavam o acesso, um saiu para comer milho e demorou cerca de 20 minutos para voltar, outro se afastou por dez minutos e o sargento que comandava a equipe ficou dentro do carro, de costas para o morro.
As 21 favelas deverão ficar cercadas por 1.324 policiais civis e militares, que vigiarão 82 pontos de acesso. Cem agentes comunitários distribuirão panfletos pedindo a colaboração da população. As favelas foram escolhidas entre as com maiores índices de criminalidade.
Nesses 30 dias de cerco, os serviços de inteligência da secretaria e das polícias irão mapear as atividades criminosas em cada favela. Após esse período, grupos de elite da Polícia Civil e da PM ocuparão as favelas, segundo a secretaria.
(DA SUCURSAL DO RIO)


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