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São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2003

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OUTRO LADO

Ex-comandante nega ilegalidade em ações do Gradi

DA REPORTAGEM LOCAL

O tenente-coronel Roberto Mantovan, ex-comandante do Gradi, disse ontem que a realidade é totalmente diferente da descrita pelo Ministério Público na denúncia à Justiça.
Segundo ele, uma investigação sobre o mesmo fato foi arquivada na Justiça Militar. "Não houve ilegalidade nas ações do Gradi", afirmou.
Ao ser ouvido no inquérito, Mantovan sustentou a versão de que as armas foram furtadas, como disse seu oficial imediato, o tenente Henguel Ricardo Pereira, que chefia as equipes operacionais do Gradi.
Ontem, a Folha não conseguir localizar o tenente. O escritório de advocacia que o representa em outro processo, sobre tortura, não quis falar.
À PM, Henguel afirmou ter descoberto a falta das cinco armas em duas contagens do arsenal, após a solicitação do Dipo. Duas delas, disse ele, estavam emprestadas a um oficial, cujo nome não se lembrava. "Que chegou mesmo a fazer um tratamento de regressão de memória para tentar lembrar o nome do oficial a quem teria emprestado as armas", diz um trecho do depoimento.
Só depois, checando com PMs conhecidos, descobriu que elas estavam com o tenente Álvaro Inocêncio de Jesus.
Jesus e o major Rafael de Albuquerque Pereira não foram localizados ontem. A assessoria da PM informou que não poderia revelar a unidade em que eles trabalham hoje.
Darci Alves Cavalheiro, advogado do sargento Rodney Carmona, depois de ser informado sobre a reportagem, não ligou de volta. Em depoimento, o sargento disse que apenas dirigiu o carro para o tenente.


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