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POLÍCIA QUE MATA
Ato pediu justiça em caso de estudante assassinado por PM em estrada
Amigos de rapaz morto protestam
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Amigos e parentes de Thomas
Schwarzenberg Vicente, estudante de jornalismo da universidade Mackenzie morto por
um policial no último domingo,
se concentraram ontem à tarde
em frente à Secretaria de Segurança Pública para protestar.
A manifestação reuniu cerca
de 800 pessoas vestidas de preto.
Parentes e amigos do garoto levaram um manifesto ao secretário, com o texto: "Queremos
mostrar que ainda estamos vivos e que não deixaremos de lutar, seja contra quem for, pela
vitória da dignidade, da liberdade e da cidadania".
"Lutar por justiça é o que nos
resta", desabafa Bruno de Oliveira, 19, colega de sala de Thomas, a quem considerava "um
irmão". "Muita dor e revolta é o
que sentimos", resume.
Luciano Menezes, 21, presidente do Diretório de Comunicação e Artes do Mackenzie, que
prestou apoio logístico à manifestação, explica que o ato foi
uma homenagem pacífica ao
colega morto, mas também se
mostra indignado. "Não podemos mais confiar em ninguém.
Quem tinha que nos proteger,
em vez disso, mata", diz.
Um amigo de Thomas, que
preferiu não se identificar, escreveu um texto sobre o acontecimento, no qual rebate a versão
de que tenha havido uma briga
de trânsito". "Não foi! Foi violência gratuita, foi execução, foi
covardia, despreparo", afirmou.
Ele descreve Thomas como
uma pessoa que amava a natureza. No dia de sua morte, voltava do litoral quando foi baleado
na rodovia Imigrantes, em São
Vicente, Baixada Santista, pelo
soldado da PM Clécio Barbosa
Ayres, 28, após esbarrar com o
retrovisor no carro do policial.
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