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ESQUELETO DE CONCRETO
Especialistas divergem sobre re, marcada para outubro
Serra vai retomar obra do Fura-Fila
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito José Serra
(PSDB) disse ontem que irá
retomar a construção do Fura-Fila -a polêmica obra
iniciada pelo ex-prefeito Celso Pitta (1996-2000). Segundo Serra, as obras podem começar em outubro, com recursos da própria prefeitura
-em julho, o prefeito foi a
Brasília pedir cerca de R$
200 milhões para as obras.
Segundo Serra, porém,
ainda seriam necessários R$
400 milhões para concluir o
Fura-Fila, que deve ligar o
centro da cidade à região de
Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade. "É uma
obra para três anos", disse.
Até agora, só parte do sistema foi construído, embora
aproximadamente R$ 390
milhões já tenham sido investidos na obra.
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) rebatizou o projeto como Paulistão e deu continuidade às obras de Pitta,
mas, por falta de verba, não
terminou o trabalho.
Especialistas ouvidos pela
reportagem são unânimes
ao dizer que o "esqueleto"
atualmente existente não
pode continuar como está.
Ainda assim, a retomada da
obra gera controvérsias.
Para Adhemar Gianini, secretário de Transportes durante a gestão de Luiza Erundina (1989-92), o ideal seria a
demolição da estrutura existente. "Acho que terminar o
Fura-Fila é jogar mais dinheiro fora." Segundo ele,
não há demanda suficiente
para o trajeto.
Quando foi lançado na
gestão de Pitta, o Fura-Fila
deveria ligar o parque D. Pedro ao Sacomã -os dois locais estão a 8 km de distância
e serão ligados pelo metrô.
O trajeto adotado para a
instalação da obra foi um
dos aspectos mais criticados.
"Trata-se de um sistema de
média capacidade e existem
lugares com uma demanda
maior", diz Cristina Baddini,
presidente da comissão de
trânsito da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos). Ainda assim, ela
defende a conclusão da obra.
"Por mais polêmica que seja,
é uma obra que prioriza o
transporte público."
Para Reginaldo Paiva, do
departamento de transportes do Instituto de Engenharia, o Fura-Fila pode complementar o sistema. "Com
o que já se investiu, não cabe
mais discutir a validade ou
não da obra. Agora temos
que pensar como a linha pode ser expandida de forma a
ser integrado à malha de
transporte público da cidade."
(Colaborou o "AGORA")
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