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Um dos presos é suspeito de seqüestrar repórter da Globo
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos presos ontem no túnel escavado em direção a dois
bancos de Porto Alegre, o ex-presidiário Carlos Alberto da
Silva, o Balengo, é apontado pela polícia de São Paulo como
um dos três suspeitos de seqüestrar o técnico Alexandre
Coelho Calado, 27, e do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, da Rede Globo, dia
12 de agosto, no Brooklin (zona
sul de São Paulo).
Além de Balengo, a polícia
também acredita que Alexandre Campos dos Santos, o Jiló,
27, e Sherley Nogueira Santos,
o Fininho, 34, todos os três da
facção criminosa PCC, são ligados ao crime.
Ontem, porém, a Polícia Federal recebeu informações de
que Balengo e Fininho, dias antes do seqüestro dos profissionais da Globo, haviam sido detidos por policiais civis em São
Paulo, mas acabaram liberados
após pagamento de propina.
Balengo teria dado R$ 90 mil
aos policiais, Fininho, R$ 250
mil. O serviço de inteligência da
PF agora tenta identificar
quem recebeu o suborno.
Ainda ontem, com a prisão de
Balengo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e
policiais da DAS (Divisão Anti-Sequestro) e do Deic (Departamento de Investigações Sobre o
Crime Organizado) passaram a
dizer que ele é, sim, suspeito de
ligação no crime, mas que sua
participação não é mais tida como a principal linha para solucionar o seqüestro.
Logo após o seqüestro da dupla, as polícias civil e militar
anunciaram Balengo, Fininho e
Jiló como suspeitos porque os
retratos falados dos três eram
bem parecidos com as fotos deles tiradas durante o período
em que todos estiveram presos.
(ANDRÉ CARAMANTE E KLEBER TOMAZ)
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