São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2006

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Um dos presos é suspeito de seqüestrar repórter da Globo

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos presos ontem no túnel escavado em direção a dois bancos de Porto Alegre, o ex-presidiário Carlos Alberto da Silva, o Balengo, é apontado pela polícia de São Paulo como um dos três suspeitos de seqüestrar o técnico Alexandre Coelho Calado, 27, e do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, da Rede Globo, dia 12 de agosto, no Brooklin (zona sul de São Paulo).
Além de Balengo, a polícia também acredita que Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, 27, e Sherley Nogueira Santos, o Fininho, 34, todos os três da facção criminosa PCC, são ligados ao crime.
Ontem, porém, a Polícia Federal recebeu informações de que Balengo e Fininho, dias antes do seqüestro dos profissionais da Globo, haviam sido detidos por policiais civis em São Paulo, mas acabaram liberados após pagamento de propina. Balengo teria dado R$ 90 mil aos policiais, Fininho, R$ 250 mil. O serviço de inteligência da PF agora tenta identificar quem recebeu o suborno.
Ainda ontem, com a prisão de Balengo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e policiais da DAS (Divisão Anti-Sequestro) e do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) passaram a dizer que ele é, sim, suspeito de ligação no crime, mas que sua participação não é mais tida como a principal linha para solucionar o seqüestro.
Logo após o seqüestro da dupla, as polícias civil e militar anunciaram Balengo, Fininho e Jiló como suspeitos porque os retratos falados dos três eram bem parecidos com as fotos deles tiradas durante o período em que todos estiveram presos.
(ANDRÉ CARAMANTE E KLEBER TOMAZ)


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