São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros País teve 46 casos em 10 anos, diz Saúde Para especialistas, o risco de não tomar as gotinhas é maior do que os possíveis efeitos adversos da vacina Governo anunciou há duas semanas que vai substituir a Sabin por versão injetável; nova vacina é mais segura DE SÃO PAULO Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 46 casos confirmados de paralisia associados à vacina oral no Brasil em dez anos. Médicos ouvidos pela Folha dizem que o caso do garoto de Pouso Alegre, que teve uma paralisia supostamente causada pela Sabin, é considerado muito raro. O infectologista Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP, afirma que, após contrair a paralisia, o quadro é irreversível. Mas, segundo ele, se os pais perceberem, após a vacina, reações ou sintomas que possam ser associados à paralisia, devem procurar um médico imediatamente, para evitar a evolução para quadros mais graves da doença. VACINA SEGURA Os especialistas afirmam ainda que o risco de não tomar vacinas é maior do que os possíveis efeitos adversos. "As pessoas perdem o medo das doenças infecciosas, mas não há evidência de que vai ser mais brando pegar uma doença dessas hoje. Sarampo agora dá tanto problema quanto há 30 anos", diz o infectologista Celso Granato, do laboratório Fleury. Para o ministério, a vacina que o menino usou é segura. "Devemos a erradicação da pólio no Brasil a essa vacina", diz Rosana Richtmann, presidente da Associação Paulista de Infectologia. Apesar de considerar a vacina segura, o ministério anunciou que pretende substituir a Sabin (feita com vírus vivos enfraquecidos) por uma versão injetável, chamada Salk, elaborada com vírus inativados (mortos) e considerada ainda mais segura. Hoje, a Salk está disponível apenas na rede particular e em centros especiais. Segundo o Ministério da Saúde, o risco de reações como a replicação do microorganismo é de um caso a cada 3,2 milhões de doses. (JEAN-PHILIP STRUCK) Colaboraram DÉBORA MISMETTI, editora-assistente de Saúde, e LUIZA BANDEIRA , de São Paulo Texto Anterior: Garoto tem suspeita de pólio após vacina Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros

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