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SÃO PAULO
CET afirma que reforma não será possível sem desocupação dos barracos
Famílias se recusam a deixar viaduto
DA REPORTAGEM LOCAL
A Defesa Civil municipal está
preocupada com as famílias que
vivem embaixo do viaduto Miguel Mofarrej, na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade. Elas se
recusam a abandonar o local, que
pegou fogo na sexta-feira.
O incêndio, que causou a interdição do viaduto pelos próximos
180 dias, começou nos barracos.
Em razão do calor, as juntas de
dilatação derreteram e diminuíram o atrito com o concreto, fragilizando a estrutura do viaduto.
O viaduto liga a Ceagesp às rodovias de acesso à cidade. Além
disso, é rota de caminhões de carga de mais de 100 toneladas.
A Defesa Civil não sabe ao certo
quantas famílias vivem embaixo
do viaduto. No sábado, funcionários do órgão entregaram 22 barracas e cestas básicas para os moradores, mas não conseguiram
convencê-los a deixar a área.
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e Defesa Civil ainda não sabem como será possível
fazer as obras no viaduto sem retirar as famílias. Com o tráfego interrompido, segundo a Defesa Civil, não há risco de desabamento.
A partir de hoje, a CET vai instalar sete desvios que darão acesso à
Ceagesp. De acordo com a companhia, passam por hora no viaduto 1,5 mil carros, 40 ônibus e
200 caminhões.
Os desvios serão instalados na
marginal Tietê, na marginal Pinheiros, na ponte dos Remédios,
na avenida Queiroz Filho, na rodovia Castelo Branco, na avenida
Professor Fonseca Rodrigues e na
rodovia Anhanguera.
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