São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002

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SÃO CARLOS

61 têm o sigilo fiscal quebrado
A Procuradoria da República em Araraquara quebrou o sigilo fiscal dos últimos cinco anos de 61 pessoas físicas e jurídicas, suspeitas de envolvimento em irregularidades na compra de merenda escolar pela Prefeitura de São Carlos (231 km de SP) na administração de João Octavio Dagnone de Melo (PTB), de 1997 a 2000.
Segundo o procurador Osvaldo Capelari Júnior, o valor desviado não foi fechado, mas as negociações com empresas irregulares teriam atingido R$ 4 milhões em um ano. Os acusados negam irregularidades.
Foram quebrados, entre outros, os sigilos do ex-prefeito, do então chefe da divisão de compras, Wilton Mochida, e dos ex-secretários municipais Márcio José Rossit (Fazenda) e Antônio Francisco Garcia (Coordenação de Gabinete).
Segundo Capelari, a investigação revelou crimes contra a administração pública, contra a ordem tributária, contra a Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. A pena para cada crime chega a 12 anos de prisão.
O ex-prefeito disse que já havia aberto seu sigilo fiscal na campanha para prefeito, em 2000, mas diz que, se pedirem, abre o sigilo bancário.
Wilton Mochida disse que é inocente. Os ex-secretários Antônio Francisco Garcia e Márcio José Rossit disseram que o sistema da prefeitura não conseguia verificar se os fornecedores eram irregulares.
A Folha procurou os demais envolvidos, mas eles não foram encontrados até as 19h de ontem. (FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO)

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