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ADMINISTRAÇÃO
Proposta de Orçamento para 2003 estabelece aumento de 23,5% em relação à meta inicial fixada para este ano
Cresce previsão de gasto com publicidade
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A proposta orçamentária para
2003, enviada pela prefeita Marta
Suplicy (PT) à Câmara anteontem, prevê um aumento de 23,5%
nos gastos do município com publicidade em relação à previsão
inicial, feita para o mesmo tipo de
gasto, no Orçamento deste ano.
O aumento no investimento é
bastante superior à previsão de
crescimento total do Orçamento
de 2003 (6%) e maior também do
que a previsão de crescimento da
verba de secretarias como Educação (cerca de 6%) e Transportes
(cerca de 5%).
No total, a prefeitura estima gastar R$ 27,8 milhões em propaganda no ano que vem. Na proposta
orçamentária para este ano, a previsão inicial era de R$ 22,5 milhões. No entanto, com as suplementações realizadas, já foram
gastos R$ 39,9 milhões com publicidade até o momento.
Além da Secretaria de Comunicação, que terá cerca de R$ 20 milhões disponíveis para propaganda, outras três secretarias terão
rubricas específicas para esse fim
em seus orçamentos, Saúde (R$
800 mil), Trabalho (R$ 1,5 milhão) e Educação (R$ 3 milhões).
A inserção de rubricas próprias
para gastos com publicidade em
outras pastas é uma tentativa da
prefeitura de evitar que se repitam
casos de transferência ilegal de
verbas dessas secretarias para
despesas com propaganda.
Em maio, o secretário municipal das Finanças, João Sayad, admitiu para vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento da
Câmara ter havido um "erro formal" na transferência de verbas
da saúde e dos programas sociais
da prefeitura para publicidade.
As transferências, que contrariavam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e fizeram o Ministério
Público suspeitar de improbidade
administrativa, foram justificadas
por Sayad como necessárias para
a realização de campanhas contra
a dengue e para a divulgação dos
programas sociais da prefeitura.
Segundo o secretário de Comunicação, José Américo Dias, os
gastos ainda estão concentrados
em sua pasta porque a secretaria
depende da avaliação das outras
para saber quais despesas terá.
"Quando se fixou o Orçamento
deste ano, não se imaginou que o
surto da dengue iria ter o tamanho que teve. Por mais que economizemos nas campanhas, certamente teremos que investir
mais do que os R$ 800 mil previstos em prevenção em 2003", disse.
Campanhas anti-enchente e divulgação dos programas sociais
também consomem grande parte da verba, disse o secretário.
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