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METRÔ
Valor é de R$ 1,8 bilhão; início das obras do primeiro trecho, que ligará a zona oeste ao centro, está previsto para janeiro
Alckmin assina contratos para a linha 4
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou
ontem os contratos, no valor de
R$ 1,8 bilhão, para o início das
obras do primeiro trecho da linha
4-amarela do Metrô paulistano,
previsto para janeiro de 2004.
A primeira etapa das obras deverá ser entregue em 2007, quando o tucano, que não pode mais
tentar a reeleição, estará fora do
Palácio dos Bandeirantes.
O trecho inicial terá 12,8 quilômetros e ligará a Vila Sônia (zona
oeste) à estação da Luz (região
central), passando pelos bairros
do Butantã e de Pinheiros, também na zona oeste da cidade.
A linha 4-amarela do Metrô será
a maior obra da gestão do tucano
e deverá se transformar, já no ano
que vem, no carro-chefe da campanha política do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
No total, esse trecho terá 11 novas estações, mas apenas cinco serão entregues na primeira etapa:
Luz, República, Paulista, Pinheiros e Butantã.
Segundo o governador, o Estado começa ainda neste mês o processo de desapropriação das áreas
que serão utilizadas pela nova linha. "Nós já assinamos o contrato
imediatamente hoje para ter até o
final do ano essa questão das desapropriações resolvidas. Vamos
acelerar o processo. As obras vão
começar no final do ano ou em janeiro, que é o mais provável", disse Alckmin, após a solenidade de
assinatura dos contratos no Palácio dos Bandeirantes.
O consórcio responsável pelos
12,8 quilômetros da nova linha é
formado pelas empreiteiras OAS,
Queiróz Galvão, CBPO e Alstom.
A meta inicial do governo estadual era entregar a obra no final
de 2006, na reta final das eleições,
mas uma disputa jurídica envolvendo o processo de licitação
atrasou em pelo menos seis meses
o cronograma.
A gestão Alckmin também chegou a anunciar que não começaria as obras neste ano por causa
do reajuste salarial dos metroviários, que, na avaliação da empresa, impediria novos gastos nos
meses seguintes.
A nova linha do Metrô será
construída com recursos do Estado, do Banco Mundial e de investidores estrangeiros.
A segunda e última etapa da
obra, no entanto, deverá ser tocada com dinheiro da iniciativa privada. "Nós vamos abrir um processo licitatório e contamos com a
participação da iniciativa privada", disse Alckmin.
Em setembro, a prefeita Marta
Suplicy (PT) anunciou um pacote
de obras em Pinheiros, entre elas
a construção da estação Faria Lima da linha 4 do metrô, no largo
da Batata, em parceria com o Estado.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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