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Congonhas e Cumbica têm movimento tranqüilo no 1º dia da nova malha aérea
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O primeiro dia de operações
da nova malha aérea nacional
foi relativamente tranqüilo,
com 9,6% de atrasos e 12,7% de
cancelamentos nos vôos nos
aeroportos do país, segundo a
Infraero. Em Congonhas, a estatal registrou atraso em 10%
dos vôos e cancelamento em
16,6%. Em Cumbica, foram
10% e 6,3%, respectivamente.
Mesmo assim, alguns passageiros sofreram com o desencontro de informações e outros
acabaram confundindo o aeroporto do qual partiriam.
As mudanças nos vôos ocorrem em razão de restrições para a operação em Congonhas.
Foram proibidos nesse aeroporto, por exemplo, conexões
ou escalas e vôos com raio superior a 1.000 km.
Na sexta-feira, o Tribunal
Regional Federal determinou
também novas restrições a
Congonhas, como um limite de
130 passageiros nas aeronaves.
A Gol anunciou no sábado o
cancelamento de 47 vôos permanentes e alterações de horário e aeroporto para cerca de
30. Já a TAM informou que
passa a operar vôos diretos de
Congonhas para 19 aeroportos
-antes da restrição, eram 27.
A bióloga Paula Faria, 26,
afirma que perdeu uma entrevista de emprego em razão da
bagunça. Ela voltava de Foz do
Iguaçu (PR) e chegou a Congonhas às 9h. Foi para Guarulhos
pegar o vôo para Uberlândia,
mas ele sairia de Congonhas.
"Ninguém me avisou. Quem vai
arcar com meu prejuízo?"
A Gol disse ter estranhado a
ocorrência do problema, porque não existe vôo de Guarulhos para Uberlândia. E afirmou que está fazendo o máximo para amenizar os transtornos aos passageiros.
O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, 49, foi um dos que
se enganaram com as mudanças. Ele ia a Salvador e teria de
embarcar em Guarulhos. Só
quando chegou a Congonhas,
às 11h30, percebeu que estava
no lugar errado. "Mas foi culpa
minha, por pura inércia. Estava
escrito que era Guarulhos", disse o ex-jogador, que saiu correndo para tentar chegar ao outro aeroporto a tempo de pegar o vôo, marcado para as 13h.
Parte dos problemas foi causada pela restrição ao número
de passageiros determinada
pelo TRF. O gerente Eduardo
Kamigauti, 42, perdeu o vôo
para Florianópolis. No check-in, o avião da TAM já estava
com os 130 passageiros permitidos. "Isso é bem desagradável, mas não tem outro jeito." A
TAM remarcou o embarque
para a noite de ontem.
Trinca
Uma trinca no pára-brisa de
um avião da TAM que faria o
vôo 8084 -de Cumbica para
Londres- levou o piloto a retornar para o aeroporto, na madrugada de ontem. O vôo foi
cancelado, o que atrasou a viagem dos 135 passageiros.
Segundo a empresa, não houve risco, uma vez que o vidro é
formado por três camadas e a
trinca atingiu só uma delas. A
decolagem foi à 0h50, e o pouso, às 2h16. As causas da trinca
no vidro não foram informadas.
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