São Paulo, sexta-feira, 02 de outubro de 2009

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Para ex-ministro, houve uma falha lamentável do MEC

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

O secretário da Educação do Estado de SP e ex-ministro da Educação, Paulo Renato Souza (PSDB), afirmou ontem que o ministro Fernando Haddad foi vítima de uma ação de bandidos, mas culpou o MEC pelas falhas que podem ter levado ao vazamento da prova.
"Isso [aplicação do Enem] não é uma coisa com que se possa brincar. É preciso especificar [que a empresa contratada tenha] experiência, tradição, seriedade. Acho que houve aqui uma falha lamentável. Fico solidário ao ministro porque ele pessoalmente não tem culpa da história, mas a administração falhou." Para Souza, a mudança do exame, feita de afogadilho, deveria ter ocorrido em etapas, com aplicação apenas no ano que vem ou ainda no seguinte.
Carlos Henrique Araújo, ex-diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, também avalia que houve precipitação ao tentar impor, neste ano, as mudanças no exame, que passou a ser usado por mais universidades como substituto ou complemento do vestibular.
"Não há dúvida de que houve açodamento. O fato de duas empresas com know-how [a Fundação Cesgranrio e a Cespe/UnB] não terem participado da licitação do exame sugere que ou o preço era muito baixo ou era uma operação muito arriscada."

São Paulo
Souza afirmou que já estava preocupado com os problemas de logística do exame, como os grandes deslocamentos impostos para fazer a prova, a escolha por escolas localizadas em bairros perigosos e a dificuldade que teve em descobrir quais escolas da rede estadual, pela qual é responsável, aplicariam o Enem -havia sido divulgada uma lista que não discriminava estabelecimentos municipais, estaduais ou privados. "O caso da segurança [vazamento] é uma falha muito grave, mas não deixa de ser logística também." (MARIANA BARROS E ANTÔNIO GÓIS)


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