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Para ex-ministro, houve uma falha lamentável do MEC
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário da Educação do
Estado de SP e ex-ministro da
Educação, Paulo Renato Souza
(PSDB), afirmou ontem que o
ministro Fernando Haddad foi
vítima de uma ação de bandidos, mas culpou o MEC pelas
falhas que podem ter levado ao
vazamento da prova.
"Isso [aplicação do Enem]
não é uma coisa com que se
possa brincar. É preciso especificar [que a empresa contratada
tenha] experiência, tradição,
seriedade. Acho que houve aqui
uma falha lamentável. Fico solidário ao ministro porque ele
pessoalmente não tem culpa da
história, mas a administração
falhou." Para Souza, a mudança
do exame, feita de afogadilho,
deveria ter ocorrido em etapas,
com aplicação apenas no ano
que vem ou ainda no seguinte.
Carlos Henrique Araújo, ex-diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, também
avalia que houve precipitação
ao tentar impor, neste ano, as
mudanças no exame, que passou a ser usado por mais universidades como substituto ou
complemento do vestibular.
"Não há dúvida de que houve
açodamento. O fato de duas
empresas com know-how [a
Fundação Cesgranrio e a Cespe/UnB] não terem participado da licitação do exame sugere
que ou o preço era muito baixo
ou era uma operação muito arriscada."
São Paulo
Souza afirmou que já estava
preocupado com os problemas
de logística do exame, como os
grandes deslocamentos impostos para fazer a prova, a escolha
por escolas localizadas em bairros perigosos e a dificuldade
que teve em descobrir quais escolas da rede estadual, pela
qual é responsável, aplicariam
o Enem -havia sido divulgada
uma lista que não discriminava
estabelecimentos municipais,
estaduais ou privados. "O caso
da segurança [vazamento] é
uma falha muito grave, mas não
deixa de ser logística também."
(MARIANA BARROS E ANTÔNIO GÓIS)
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