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Quadrilhas têm 4 integrantes
da Reportagem Local
A maioria dos sequestradores
são criminosos que já cometeram
outros crimes contra o patrimônio, em geral roubos. São jovens,
com menos de 30 anos, e se reúnem em grupos de quatro ou cinco pessoas, em média.
O perfil foi desenhado pelo delegado Maurício Soares Guimarães,
titular da Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro). O delegado afirma que, em São Paulo, nos
últimos oito anos, a Polícia Civil
resolveu 85% dos casos de "extorsão mediante sequestro", nome
do crime popularmente conhecido como sequestro.
Esse perfil tem mudado, segundo o delegado. "Os métodos de
sequestro estão muito banalizados, qualquer ladrão conhece,
porque os sequestradores que são
presos contam para os outros. Hoje, no Estado de São Paulo, há 120
pessoas presas por sequestro."
O valor do resgate pago, R$ 117
mil, muito reduzido em relação ao
pedido inicial, de R$ 1 milhão, foi
considerado normal pelo delegado. "A maioria dos sequestros
acaba com valores muito, mas
muito abaixo do que é pedido."
Na opinião do delegado, a recompensa baixa tem desestimulado os criminosos. "É muito desvantajoso, para o criminoso, porque é um crime considerado hediondo, o que aumenta muito as
penas (8 a 15 anos, que podem
chegar a 30 anos, se o sequestrado
for morto)."
"Essa é a razão de não termos
quadrilhas especializadas em sequestros em São Paulo."
(RV)
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