São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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Comerciante baleado espera por cirurgia durante 7 horas

da Reportagem Local

O comerciante Rodrigo Rizzato Veloso, 18, baleado na barriga numa tentativa de assalto ao supermercado de sua família, no bairro Jardim Grimaldi (zona sudeste de São Paulo), por volta das 19h30 de anteontem, só foi operado sete horas depois por não haver cirurgiões no primeiro hospital conveniado da Amil que o atendeu.
Veloso e os guardas civis metropolitanos Ademilson Pereira da Silva, 35, e Gilberto Pereira da Silva, 32, que fazem vigilância no supermercado Veloso, caminhavam pela loja da avenida Sapopemba, 8.706, quando passaram a acompanhar os movimentos de três homens que pararam um Fusca em frente ao estabelecimento.
Percebendo a movimentação dos vigilantes, um dos três homens, Flavio Monteiro Alves, 20, deu quatro tiros em direção aos vigilantes, ferindo Ademilson no ombro direito e Veloso na barriga.
Alves foi preso e o vigilante e Veloso foram socorridos a hospitais diferentes. Veloso foi levado ao hospital São Cristóvão, na Mooca, onde não havia possibilidade de realização da cirurgia.
A pedido da Amil, Veloso foi transferido para o hospital Bandeirantes, onde, segundo Bernadete Rizzato Veloso, 47, mãe do jovem, a equipe que o atendeu disse que a operação não seria paga pelo plano. Segundo Bernadete, só após assumir que daria um cheque caução (de garantia), de R$ 4.200, os médicos mandaram seu filho para a sala de cirurgia, já às 2h40 de ontem. A mãe de Veloso afirma que a Amil só confirmou o pagamento da cirurgia após a veiculação de uma reportagem em uma rádio, denunciando o problema.
Segundo a Amil, a empresa removeu o paciente após a confirmação de vaga no hospital Bandeirantes. A empresa afirma que a cobertura do atendimento estava garantida desde a transferência dele para o Bandeirantes.



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