São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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VIOLÊNCIA
Três dos sequestradores foram mortos em tiroteio; empresário foi mantido acorrentado pelos pés no cativeiro
Polícia liberta filho de Vera Loyola no Rio

da Sucursal do Rio

Ignácio de Loyola Barros Damásio, 30, filho da empresária carioca Vera Loyola, que estava sequestrado desde o último sábado, foi libertado ontem à noite pela polícia.
Ele estava num cativeiro na casa 2 da travessa Araújo Barbosa, em Realengo (zona oeste do Rio).
Segundo a polícia, houve troca de tiros com os três supostos sequestradores que o guardavam na hora. Os três morreram no hospital Carlos Chagas, para onde foram levados. Seus nomes não foram divulgados.
Nenhum policial ficou ferido no confronto.
Segundo Damásio, eram dez sequestradores no total, que se revezavam em sua guarda.
O estouro do cativeiro foi às 20h30. Damásio chegou à DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon (zona sul), às 21h30. Damásio estava descalço, de bermuda e camiseta. Até as 22h30, continuava prestando depoimento.
Familiares, entre os quais sua irmã, Ana Teresa, e o pai, José Damásio, acompanharam o depoimento dele.
Segundo a polícia, o empresário foi mantido acorrentado pelos pés durante o tempo em que ficou sequestrado.
Ignácio Damásio tinha sido levado de sua oficina de carros em Campo Grande (zona oeste). De acordo com funcionários, três homens o teriam levado.

"Emergente"
Vera Loyola é considerada o símbolo da chamada "sociedade emergente" da Barra da Tijuca (zona sul do Rio), representando os novos-ricos que moram no bairro.
A família do sequestrado tinha pedido ao governador Marcello Alencar que a polícia se mantivesse afastada do caso e até havia contratado um investigador particular para tratar do assunto.
A polícia, no entanto, vinha investigando o caso. O delegado Álvaro Lins, da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), foi indicado especialmente para isso.



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