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Feriado eleva número de atrasos em vôos
As viagens canceladas chegaram a pelo menos 27 casos ontem em cinco aeroportos, contra 17 na última terça-feira
Vôos internacionais também chegaram após o horário previsto no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, ontem
Joel Silva/Folha Imagem
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Operador orienta avião na pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (314 km de SP), em mais um dia de atraso de vôos |
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
A véspera do feriado prolongado agravou a situação dos
atrasos e cancelamentos de
vôos na maioria dos aeroportos
do país. Pelo menos 27 vôos foram cancelados ontem em cinco aeroportos, contra 17 cancelamentos registrados na terça.
O número de vôos atrasados
aumentou em pelo menos seis
aeroportos. Os atrasos atingiram também vôos internacionais no aeroporto de Cumbica,
em Guarulhos (Grande SP).
Um exemplo é o avião da KLM,
proveniente de Amsterdã, que
era aguardado às 18h, mas só
pousou às 21h55.
O aeroporto de Congonhas,
em São Paulo, registrava, até as
18h de ontem (horário em que a
Infraero fez seu último balanço), 278 vôos atrasados, entre
pousos e decolagens. Na terça,
foram 141 atrasos até as 19h.
Além da operação-padrão
dos controladores de vôo, o fechamento do aeroporto por
duas vezes, devido à chuva,
contribuiu para os atrasos de
duas a três horas em média.
Mas houve casos de passageiros que chegaram quase seis
horas após o horário previsto.
Foi o caso do vôo da Gol vindo de Macapá, com escalas em
Belém e Brasília. A chegada estava prevista para as 8h30, mas
o avião só pousou às 14h15 em
Congonhas. Os passageiros ainda tiveram que esperar por
mais uma hora para conseguir
resgatar a bagagem.
O número de atrasos também aumentou no aeroporto
de Brasília (48 casos ontem,
contra 29 na terça-feira), no aeroporto de Confins, na região
metropolitana de Belo Horizonte (52 ontem, contra 48 no
dia anterior) e no aeroporto de
Porto Alegre (55 ontem, contra
26 anteontem).
A maioria das partidas e chegadas nos 16 aeroportos checados pela Folha sofreu atrasos
de, em média, uma hora e meia.
Em alguns locais, porém, os
atrasos se estenderam por quatro horas ou mais.
O advogado argentino Gustavo Vasinger, 32, chegou a discutir com os atendentes da Gol
no aeroporto de Cumbica, na
Grande São Paulo.
Em lua-de-mel no Brasil, ele
saiu de Salvador com quatro
horas de atraso e perdeu o vôo
que o levaria de São Paulo até
Lima, Peru, onde mora. Ele disse ter sido mal atendido quando foi reivindicar que a companhia aérea fornecesse hospedagem e alimentação. Os atendentes da Gol não quiseram se
manifestar sobre o caso.
Em Cumbica, até as 19h (horário em que os balanços foram
encerrados), foram registrados
65 atrasos e a expectativa era
que outros 68 vôos atrasassem
até o final da noite. Na terça-feira, 189 vôos não cumpriram
o horário previsto.
Ali, os atrasos variaram de 30
a 120 minutos, com exceção de
um vôo proveniente de Manaus, que atrasou seis horas. O
vôo 1705, da Gol, deveria pousar às 9h40, mas o avião só chegou a Cumbica às 15h40.
"Chegamos ao aeroporto de
Manaus às 2h30. Além de perdermos o jogo para o São Raimundo, saímos do estádio às
23h, fomos jantar e de lá fomos
direto pegar o avião", lamentou
Stelio Metzker, 55, gerente de
futebol do Marília Atlético Clube, que voltava de Manaus com
uma delegação de 26 pessoas.
O ministro da Economia,
Guido Mantega, passou imune
aos atrasos, mas acabou desembarcando no aeroporto errado. "Congonhas estava fechado por causa do mau tempo,
por isso desembarquei em
Guarulhos." A mudança fez
com que o ministro perdesse
uma reunião com empresários
do setor financeiro.
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