São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Feriado eleva número de atrasos em vôos

As viagens canceladas chegaram a pelo menos 27 casos ontem em cinco aeroportos, contra 17 na última terça-feira

Vôos internacionais também chegaram após o horário previsto no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, ontem


Joel Silva/Folha Imagem
Operador orienta avião na pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (314 km de SP), em mais um dia de atraso de vôos


DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA

A véspera do feriado prolongado agravou a situação dos atrasos e cancelamentos de vôos na maioria dos aeroportos do país. Pelo menos 27 vôos foram cancelados ontem em cinco aeroportos, contra 17 cancelamentos registrados na terça.
O número de vôos atrasados aumentou em pelo menos seis aeroportos. Os atrasos atingiram também vôos internacionais no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP). Um exemplo é o avião da KLM, proveniente de Amsterdã, que era aguardado às 18h, mas só pousou às 21h55.
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, registrava, até as 18h de ontem (horário em que a Infraero fez seu último balanço), 278 vôos atrasados, entre pousos e decolagens. Na terça, foram 141 atrasos até as 19h.
Além da operação-padrão dos controladores de vôo, o fechamento do aeroporto por duas vezes, devido à chuva, contribuiu para os atrasos de duas a três horas em média. Mas houve casos de passageiros que chegaram quase seis horas após o horário previsto.
Foi o caso do vôo da Gol vindo de Macapá, com escalas em Belém e Brasília. A chegada estava prevista para as 8h30, mas o avião só pousou às 14h15 em Congonhas. Os passageiros ainda tiveram que esperar por mais uma hora para conseguir resgatar a bagagem.
O número de atrasos também aumentou no aeroporto de Brasília (48 casos ontem, contra 29 na terça-feira), no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (52 ontem, contra 48 no dia anterior) e no aeroporto de Porto Alegre (55 ontem, contra 26 anteontem).
A maioria das partidas e chegadas nos 16 aeroportos checados pela Folha sofreu atrasos de, em média, uma hora e meia. Em alguns locais, porém, os atrasos se estenderam por quatro horas ou mais.
O advogado argentino Gustavo Vasinger, 32, chegou a discutir com os atendentes da Gol no aeroporto de Cumbica, na Grande São Paulo.
Em lua-de-mel no Brasil, ele saiu de Salvador com quatro horas de atraso e perdeu o vôo que o levaria de São Paulo até Lima, Peru, onde mora. Ele disse ter sido mal atendido quando foi reivindicar que a companhia aérea fornecesse hospedagem e alimentação. Os atendentes da Gol não quiseram se manifestar sobre o caso.
Em Cumbica, até as 19h (horário em que os balanços foram encerrados), foram registrados 65 atrasos e a expectativa era que outros 68 vôos atrasassem até o final da noite. Na terça-feira, 189 vôos não cumpriram o horário previsto.
Ali, os atrasos variaram de 30 a 120 minutos, com exceção de um vôo proveniente de Manaus, que atrasou seis horas. O vôo 1705, da Gol, deveria pousar às 9h40, mas o avião só chegou a Cumbica às 15h40.
"Chegamos ao aeroporto de Manaus às 2h30. Além de perdermos o jogo para o São Raimundo, saímos do estádio às 23h, fomos jantar e de lá fomos direto pegar o avião", lamentou Stelio Metzker, 55, gerente de futebol do Marília Atlético Clube, que voltava de Manaus com uma delegação de 26 pessoas.
O ministro da Economia, Guido Mantega, passou imune aos atrasos, mas acabou desembarcando no aeroporto errado. "Congonhas estava fechado por causa do mau tempo, por isso desembarquei em Guarulhos." A mudança fez com que o ministro perdesse uma reunião com empresários do setor financeiro.


Texto Anterior: Para Aeronáutica, crise acaba no domingo
Próximo Texto: Paulistano sofre também com trânsito congestionado e avenidas inundadas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.