DA REPORTAGEM LOCAL

Além dos atrasos de vôos nos aeroportos, o paulistano enfrentou uma quarta-feira, véspera de feriado de Finados, de chuva e trânsito congestionado, de manhã e à tarde, nas principais avenidas da cidade.
Foram 160 km de congestionamento em São Paulo às 9h, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o terceiro pior do ano -o normal são 63 km. Maiores, apenas os 188 km da greve do Metrô, em 15 de agosto, e os 165 km de 6 de março, uma segunda-feira de chuva forte e acidentes pela cidade. À tarde, o infortúnio pré-feriado se repetiu: o pico foi de 181 km de lentidão (18h30), ante 88 km de média do horário.
"Peguei muito, muito trânsito", dizia a professora Cláudia Ramalho, 33. Ela saiu da Penha, pegou a Radial Leste e rumava para o centro da cidade no final da manhã. Pela manhã, lamentava a sensação de deja vù a cada feriado. "É sempre a mesma coisa, tudo muito complicado."
A Radial Leste, aliás, foi um dos 25 pontos de alagamento da cidade ontem. Quatro deles ficaram intransitáveis temporariamente -23 de Maio, avenida Pedro Álvares Cabral, avenida Pompéia e rua Funchal.
Choveu, até o início da tarde, 14 mm -a média de novembro é de 146 mm, ou 4,8 mm por dia, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura paulistana.
Os caminhos de saída de São Paulo também ficaram congestionados. A Dutra, que dá acesso ao Rio de Janeiro, a Ayrton Senna, para aqueles que rumam ao interior, e a Anchieta, para turistas com destino ao litoral sul, já sofriam, no final da tarde, com o volume maior de veículos. A previsão da CET é que 1,5 milhão de veículos deixassem a capital -3,5 milhões circulam por dia na cidade.


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