São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006

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Norte e Nordeste têm os piores indicadores

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de uma melhoria mais acentuada em quase todos os indicadores nas regiões Norte e Nordeste, a Pesquisa de Assistência Médica-Sanitária mostra, mais uma vez, que essas regiões estão atrasadas em relação às demais áreas.
Dois indicadores que deixam claro isso são a proporção de leitos e de postos de trabalho médicos por 1.000 habitantes. No caso dos leitos, a relação no Norte é de 1,8, enquanto no Nordeste chega a 2,3. O Sudeste está na média nacional (2,4), enquanto o Sul (2,8) e o Centro-Oeste (2,6) ficam acima.
O maior número de leitos não significa que eles sejam bem utilizados. No Rio de Janeiro, por exemplo, Estado com maior proporção de leitos por habitante, houve em 2005 uma média de 42 internações por leito. Em São Paulo, o índice foi de 71 internações.
Já em relação ao número de postos médicos (um médico pode trabalhar em mais de um hospital, por isso pode ser contabilizado duas vezes), o indicador do Norte (1,5 por 1.000 habitantes) é menos da metade do encontrado no Sudeste (3,6) e metade do Sul (3,0).
O acesso a equipamentos médicos também apresenta variações. Na média do Brasil, há bons índices sobre tomógrafos, mamógrafos, aparelhos de raios X e hemodiálise. No caso dos tomógrafos, essa relação fica abaixo da ideal no Norte e Nordeste. Em relação aos equipamentos para hemodiálise, o Norte apresenta taxas inferiores ao mínimo sugerido.
O IBGE e o Ministério da Saúde afirmam que as diferenças estão sendo atenuadas, já que é justamente no Norte e no Nordeste que foi verificado o maior crescimento no número de equipamentos pesquisados.
As estatísticas indicam descentralização no acesso aos serviços de saúde. Em 2002, 146 municípios não possuíam nenhum estabelecimento de saúde pesquisado pelo IBGE. Em 2005, o número caiu para seis.


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