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Norte e Nordeste têm os piores indicadores
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de uma melhoria
mais acentuada em quase todos
os indicadores nas regiões Norte e Nordeste, a Pesquisa de Assistência Médica-Sanitária
mostra, mais uma vez, que essas regiões estão atrasadas em
relação às demais áreas.
Dois indicadores que deixam
claro isso são a proporção de
leitos e de postos de trabalho
médicos por 1.000 habitantes.
No caso dos leitos, a relação no
Norte é de 1,8, enquanto no
Nordeste chega a 2,3. O Sudeste
está na média nacional (2,4),
enquanto o Sul (2,8) e o Centro-Oeste (2,6) ficam acima.
O maior número de leitos
não significa que eles sejam
bem utilizados. No Rio de Janeiro, por exemplo, Estado
com maior proporção de leitos
por habitante, houve em 2005
uma média de 42 internações
por leito. Em São Paulo, o índice foi de 71 internações.
Já em relação ao número de
postos médicos (um médico
pode trabalhar em mais de um
hospital, por isso pode ser contabilizado duas vezes), o indicador do Norte (1,5 por 1.000 habitantes) é menos da metade do
encontrado no Sudeste (3,6) e
metade do Sul (3,0).
O acesso a equipamentos
médicos também apresenta variações. Na média do Brasil, há
bons índices sobre tomógrafos,
mamógrafos, aparelhos de
raios X e hemodiálise. No caso
dos tomógrafos, essa relação fica abaixo da ideal no Norte e
Nordeste. Em relação aos equipamentos para hemodiálise, o
Norte apresenta taxas inferiores ao mínimo sugerido.
O IBGE e o Ministério da
Saúde afirmam que as diferenças estão sendo atenuadas, já
que é justamente no Norte e no
Nordeste que foi verificado o
maior crescimento no número
de equipamentos pesquisados.
As estatísticas indicam descentralização no acesso aos serviços de saúde. Em 2002, 146
municípios não possuíam nenhum estabelecimento de saúde pesquisado pelo IBGE. Em
2005, o número caiu para seis.
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