São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BARBARA GANCIA A dama e o "Minúnculo"
POUCAS VEZES fui tratada com tamanha cordialidade. Na semana passada, comentei terem sido um tanto genéricas as críticas de Julita Lemgruber, diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, sobre as polêmicas declarações de Sérgio Cabral ligando o aborto ao crime. Em vez de escrever ao Painel do Leitor ou à direção do jornal para me atacar ou questionar minha credibilidade, como acontece em 99% dos casos, a doutora escreveu-me um longo e sereno e-mail com seu ponto de vista. Respondi agradecendo a deferência, e a partir daí nasceu um diálogo que virou o pingue-pongue que você lerá a seguir. Veja como são as coisas. Pela dra. Julita, eu fui tratada com o profissionalismo de quem se interessa mais em debater os problemas do país do que em perder tempo com proselitismo político. Mas por um ex-patrão, de quem sempre me considerei amiga, fui desancada publicamente. A fim de atacar a Folha, um velho cacoete seu, Mino Carta (a quem doravante chamarei carinhosamente de "Minúnculo") descontextualizou em seu blog o que eu disse sobre pobreza e criminalidade, para deleite do número cada vez menor de robespierres de havaianas que o lêem. É tão mais fácil transformar tudo em bate-boca ideológico, não é mesmo? Mas voltemos ao que interessa, a conversa com a doutora Julita: FOLHA - O que há de errado com o estudo
de Stephen Levitt, que liga a legalização do
aborto ao crime?
FOLHA - Mesmo discordando de Cabral, ele
teve o mérito de trazer à tona o debate sobre o aborto. A senhora é favorável à legalização?
FOLHA - Um indivíduo sem estrutura familiar, sem educação, que não recebeu afeto e
não dispõe de condições mínimas de higiene
não terá mais chances de se tornar violento?
|
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |