DO "AGORA"

Um policial civil morreu ontem e um jovem de 22 anos ficou ferido após um vigilante de um banco atirar três vezes dentro da agência da Caixa Econômica Federal, na rua Américo Salvador Novelli, em Itaquera (zona leste de São Paulo).
De acordo com testemunhas do crime, o vigia Jackson Alves da Silva, 25, teria impedido o investigador Robson Elias, 43, de entrar armado na agência. Ao passar pela porta giratória, ele tentou argumentar que não havia a necessidade de barrá-lo.
Segundo a polícia, Elias mostrou a carteira funcional e estava com o brasão pendurado no peito. Mesmo assim, o vigilante teria desconfiado e discutido com o policial dentro da agência, que estava cheia de clientes, por volta das 11h30 de ontem.
Ainda segundo as testemunhas, Elias teria pedido para o vigilante entregar a arma, chamar a gerência do banco para então se dirigir ao 32º DP, onde o policial trabalhava como investigador.
Nesse momento, segundo a polícia, o vigilante disparou três vezes. Dois tiros acertaram o peito de Elias e outra bala atingiu a mão da vítima. Uma das balas atravessou o corpo do policial e acertou o cliente do banco Fernando Augusto Abreu Viana, 22.
As duas vítimas foram socorridas, mas o policial não resistiu e morreu na tarde de ontem no Hospital Planalto. Internado no Hospital Santa Marcelina, o estado de saúde de Viana é considerado grave.
O acusado foi preso em flagrante. Para o delegado titular do 32º DP (Itaquera), Adilson Jorge Donofrio, o vigia estava "despreparado". Segundo a polícia, em depoimento o vigia afirmou que confundiu o policial com um ladrão.
Silva foi contratado em fevereiro pelo grupo Suporte. Segundo a polícia, há outros boletins de ocorrências registrados na delegacia contra o vigia. Ele, ainda segundo a polícia, tinha o costume de discutir com clientes. (GIOVANNA BALOGH)


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