São Paulo, segunda, 2 de novembro de 1998

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Para BID, escolas são modelo
de ensino técnico

da Reportagem Local

O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) costuma se referir ao Senai quando quer propor para outros países latino-americanos -ou mesmo para o Brasil- a reestruturação de seu sistema de ensino técnico.
Em um artigo sobre esse tema publicado em junho, o conselheiro chefe de Educação do BID, Claudio de Moura Castro, destaca o fato de o Senai ser uma rede mantida por indústrias e, por isso, ter uma relação próxima com as demandas do mundo do trabalho.
O tema central do artigo são as mudanças nesse universo: se até a década passada o ensino técnico mal dava conta de suprir mão de obra para as necessidades da indústria, hoje forma técnicos que correm o risco de ficarem desempregados.
A solução, segundo Moura Castro, é dirigir o treinamento técnico para demandas mais imediatas do mercado de trabalho -como o caso de treinamento de pessoal para lidar com novos produtos industriais (leia acima).
Por trás dessa idéia está o conceito de "lifelong learning", ou aprendizagem por toda a vida, segundo o qual não adianta mais fazer um bom curso na vida para garantir o emprego.
Hoje, de tempos em tempos, todos os profissionais, técnicos ou não, terão de reciclar os conhecimentos. E é a essa demanda que o Senai-SP busca hoje se adequar.
Com 130 unidades de formação profissional só no Estado de São Paulo, o Senai-SP tem 75% de sucesso na manutenção de seus formandos no mercado de trabalho após um ano de curso.
Outra área que está sendo reformulada é a de avaliação -que já acompanha os alunos até três anos depois de formados. "Eu gostaria, no futuro, de submeter o Senai a uma espécie de provão externo", diz Fabio Aidar. (FR)


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