São Paulo, segunda, 2 de novembro de 1998

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Encapuzados matam 4 no Rio
e deixam uma mulher ferida

da Sucursal do Rio

Quatro pessoas foram mortas e uma mulher foi ferida por sete homens encapuzados que invadiram um bar e uma casa em Queimados, na Baixada Fluminense. Dois dos matadores teriam sido reconhecidos pela mulher.
A polícia ainda investiga a causa dos crimes, ocorridos ontem de madrugada. Segundo um policial da 55ª DP (Delegacia de Polícia), os encapuzados já entraram no bar com o objetivo de matar. Integrariam um grupo de extermínio.
A série de assassinatos começou quando os encapuzados invadiram um bar na esquina das ruas Neil Armstrong e Vasco, matando o dono do estabelecimento, Nei Augusto Almeida.
Foram mortos também no local José Pereira Lucas e uma mulher identificada apenas como Alice. Na saída, dois deles teriam sido reconhecidos por Lenira Maria Andrade Machado, que acabou levando seis tiros, mas não morreu.
Achando que Machado estava morta, os homens foram para uma casa próxima, na rua Quartzo, onde ocorria uma festa. Segundo participantes, eles entraram gritando que queriam drogas.
A casa foi revirada pelo grupo. Um dos participantes da festa, Emerson Dias de Andrade, 19, foi morto a tiros. Os encapuzados deixaram a festa, fugindo do local.
Levada ao hospital Rocha Faria, em Campo Grande (zona oeste do Rio), Lenira Machado disse que viu dois dos matadores sem os capuzes e pôde identificá-los.
Um homem, ainda não identificado, morreu ontem de manhã na favela da Rocinha (zona sul do Rio) em uma troca de tiros com policiais militares. Ele estava na moto dirigida por Francisco Vanderlei Caitano, 30, que foi baleado.
Caitano, que trabalha no serviço de táxi feito por motocicletas na favela, foi atendido no Hospital Miguel Couto, que não forneceu informações sobre seu estado.



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