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EXPLOSÃO NO VÔO
Advogado de acusado quer provar insanidade
da Reportagem Local
O advogado Tales Castelo Branco, que defende o professor Leonardo Teodoro de Castro, entrou
ontem na Justiça com um pedido
de impugnação de um laudo médico que atesta que seu cliente
tem perfeitas condições de responder por seus atos. Castelo
Branco quer provar que seu cliente é inimputável, não podendo ser
culpado pela Justiça.
Castro é apontado como responsável pela explosão de parte
de um avião Fokker-100 da TAM,
durante vôo entre São José dos
Campos e São Paulo, no dia 9 de
julho de 1997.
A explosão causou a morte do
passageiro Fernando Caldeira de
Moura, ejetado do avião por um
buraco aberto na fuselagem.
O laudo, concluído em 31 de
março pelo Imesc (Instituto de
Medicina Social e Criminalística
do Estado de São Paulo), determinou que Castro é imputável e pode ser responsabilizado criminalmente pela explosão.
Mas o advogado Castelo Branco
contesta dois pontos do laudo. Segundo ele, foi suprimida uma
parte do exame que mostrava que
o professor tem problemas de organicidade. O outro ponto, prossegue Castelo Branco, é que o laudo não levou em conta o atropelamento sofrido por Castro dois
dias após a explosão.
"No acidente, ele perdeu massa
encefálica, ficou sem memória e
sem capacidade de autodefesa",
declarou o advogado.
O juiz tem duas semanas para
decidir se aceita o pedido de impugnação dos exames. Se aceitar,
deve nomear novos peritos para
refazer os exames. Se não, a decisão do Imesc será mantida.
(OC)
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