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JUSTIÇA
Paciente morreu após cirurgia
Médica é condenada a pagar por erro no Rio
da Sucursal do Rio
A Justiça do Rio condenou a
médica Jorama Pinto de Lima
Zvaig a pagar indenização por danos morais e materiais à família
do empresário Nelson Lacerda,
por ter sido considerada a responsável pela morte da mulher de Lacerda, Lizette Madeira da Silva.
A advogada da família, Ana Regina Alban, disse que Lizette se internou na clínica Dra. Jorama, na
Barra da Tijuca (zona sul do Rio),
no dia 20 de janeiro (quarta-feira)
do ano passado, para uma cirurgia plástica no abdômen. Recebeu
alta dois dias depois, apesar de
apresentar febre e pressão alta.
Na noite de sexta-feira para sábado, Lizette passou mal e, depois
de tentar localizar a médica várias
vezes -segundo a advogada, Jorama não fornece o número do
seu telefone celular-, esta teria
receitado por telefone que a paciente colocasse sal sob a língua e
tomasse o medicamento Efortil,
para pressão alta.
No domingo pela manhã, Lizette Silva piorou e foi levada para a
clínica São Vicente, na Gávea, onde morreu de septicemia (infecção generalizada).
A família entrou com ação na
Justiça, pois considerou que houve negligência da médica. Alban
disse que a família não questiona
a cirurgia em si, mas a atuação de
Jorama no pós-operatório, por ter
concedido alta a uma paciente
com febre, sintoma de infecção, e
tê-la medicado por telefone.
O juiz Werson Franco Pereira
Rêgo, da 18ª Vara Cível, condenou a médica ao pagamento de
R$ 10,6 mil, corrigidos, por danos
materiais, e mil salários mínimos
(R$ 136 mil) por danos morais.
Ele se baseou em acórdão da 5ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: "a obrigação do médico não acaba com a
cirurgia, mas ele continua juridicamente vinculado ao devido
acompanhamento do pós-operatório, sob pena de negligência".
A Folha tentou falar com Jorama, mas a secretária da clínica,
Eliete, disse que ela não foi trabalhar e não deu os telefones da casa
da médica nem de seu advogado.
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