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SAÚDE
Número diminui nas férias
Campanha incentiva doações de sangue
DA REPORTAGEM LOCAL
Os hemocentros do país estão
em campanha para incentivar as
doações de sangue, que chegam a
cair até 50% em meses como dezembro e janeiro, em razão do período de férias. Em São Paulo, a
Fundação Pró-Sangue promove
amanhã um show do cantor Jair
Rodrigues com os filhos Luciana
Melo e Jairzinho, em homenagem
aos doadores voluntários.
O Comitê Internacional para o
Ano do Voluntário e a Associação
Brasileira Voluntários do Sangue
premiou, neste mês, os maiores
doadores de cada Estado. Eles receberam medalhas de reconhecimento e passaram a integrar o
projeto Sangue Bom, que tem como objetivo agregar novos doadores através de campanhas.
Atualmente, o maior doador do
país, segundo a Associação Brasileira Voluntários do Sangue, é o
pernambucano José Nelson Tavares Souza, 52, com cem doações.
Um homem com 70 kg tem 4,9
litros de sangue em todo corpo.
Isso significa que Souza já doou
praticamente dez vezes todo o
sangue de seu corpo em 22 anos.
"Eu comecei a doar porque um
amigo me pediu para ajudar um
parente. Como sou doador universal [O+", resolvi continuar ajudando outras pessoas. Acima de
tudo, esse é um gesto de amor."
Em São Paulo, o "campeão" é
Benedito Gonçalves, 50, com 81
doações, entre sangue e plaquetas
(células sanguíneas envolvidas na
coagulação), num período de sete
anos -o que equivale a praticamente uma doação por mês.
Gonçalves, tipo O+, começou a
doar sangue quando umas das filhas teve anemia e precisava de
transfusão, há 21 anos. De lá pra
cá, ele faz doações, "religiosamente". "Já devo ter doado muito
mais, mas só comecei a contar há
pouco tempo. Me sinto feliz porque tem muita gente precisando."
A cada dois meses, Gonçalves,
que trabalha como jardineiro e recebe R$ 200 mensais, vai de ônibus até o hospital Regional de São
José do Rio Preto.
Segundo Marcelo Cliquet, responsável pela divisão de medicina
transfusional da Fundação Pró-Sangue, a falta de informação e algumas "crendices" fazem as pessoas deixarem de doar. "Não há
risco, já que todo material usado é
descartável." A Fundação Pró-Sangue, o maior hemocentro da
América Latina, coleta, em média,
700 doações diárias, mas tem capacidade para 850.
(PC)
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