DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em concorrência pública ouvidos pela reportagem fazem avaliações diferentes da situação.
Márcio Cammarosano, professor da PUC de São Paulo, afirma, em tese, a partir do relato da Folha, que há "verossimilhança" na ação, mas que as respostas dos acusados são "inteligentes" e podem ser "sustentáveis".
"É uma boa briga jurídica, porque há argumentos para os dois lados. Tudo vai depender da produção de provas", justificou.
Já Paulo Boselli considera que "as muitas coincidências representam fortes indícios de conluio". O especialista considera ainda que mesmo sem disputar os mesmos lotes não pode haver quebra de sigilo das propostas.
E, acrescenta ele, a situação pode motivar contestações de que elas frustaram a competição, deixando de disputar os mesmos lotes de forma intencional, para não haver nenhum embate.
O fato de terem sido apresentado os mesmos equipamentos torna, para Boselli, a qualificação das propostas sem efeito. Isso porque nada garante que os serviços teriam condições de serem prestados no caso de ambas se tornarem vencedoras da concorrência. (AI)

Texto Anterior: Empresa acusa fraude em licitação do lixo
Próximo Texto: Outro lado: Acusadas contrataram serviço para elaborar as propostas; prefeitura não vê problema
Índice