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Outro lado
Acusadas contrataram serviço para elaborar as propostas; prefeitura não vê problema
DA REPORTAGEM LOCAL
Tanto a Prefeitura de São
Paulo, que homologou os resultados da licitação da varrição,
como as duas empresas acusadas negam as irregularidades.
A Construfert e a Unileste dizem que usaram os serviços de
empresas de mercado conhecidas como proposteiras, especialistas em fazer propostas de
licitações -e por essa razão há
diversos valores idênticos.
A prefeitura alegou que mesmo se as planilhas tiverem sido
feitas pela mesma pessoa não
há frustração de competição
porque as duas empresas disputavam lotes diferentes.
Em relação ao fato de terem
ofertado na concorrência os
mesmos veículos como garantia de capacitação para prestar
os serviços, as duas empresas
afirmam não haver problema
porque eles pertencem a uma
locadora de equipamentos.
De acordo com elas, não faria
sentido exigir que cada empresa fosse obrigada a apresentar
numa concorrência caminhões
diferentes, sob pena de restringir a competição.
Elas citam como exemplo
uma licitação que exigisse 15
mil caminhões da vencedora.
Se houvesse cem interessados,
não haveria como exigir que todos demonstrassem ter 15 mil
caminhões diferentes -até
porque não haveria 1,5 milhão
disponível no país. Para elas,
em situações do tipo, é comum
haver alguém que tenha os
equipamentos exigidos e os
alugue para quem vencer.
"Não vamos nos sobrepor à
decisão da Justiça. Se ela decidir que houve conluio, é simples, a gente substitui. Mas temos que esperar", afirmou Antonio Marsiglia Netto, secretário de Serviços, para quem
coincidências desse tipo não se
limitam às duas acusadas.
(AI)
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