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Ocupação de SP por km2 é metade da de NY
Dados do Urban Age mostram que moradores aproveitam pouco a infra-estrutura de áreas centrais e se espalham por regiões periféricas
Na capital paulista, aqueles que usam transporte coletivo são 37%, bem menos que os 57,2% da população de Bogotá
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo tem uma densidade populacional menor do que
outras metrópoles -o índice,
de 29 habitantes por km2, representa quase metade do de
Nova York (53 habitante/km2)
ou do de Bogotá (60 habitante/km2). Os dados, compilados
e divulgados pelo Urban Age,
mostram ainda que a cidade
aproveita pouco a infra-estrutura das áreas centrais, espalhando-se horizontalmente,
com a maioria dos paulistanos
morando em casas e nas regiões periféricas.
A mobilidade é outra questão
abordada. Em São Paulo, os
que usam transporte coletivo
são 37%, bem menos que os
57,2% da população de Bogotá.
A percepção dos paulistanos
é de que o metrô é um transporte caro, mas, curiosamente,
o preço do bilhete está dentro
da média mundial, de acordo
com os dados do Urban Age.
O bilhete paulistano é mais
barato que o de Nova York,
Berlim ou Londres -esta última apresenta a mais elevada
tarifa de todas as cidades pesquisadas, US$ 7.
O metrô paulistano, no entanto, é bem mais caro do que o
de outras cidades da América
Latina, como Buenos Aires
(US$ 0,3) ou Cidade do México
(US$ 0,2).
Trabalho
A vocação das cidades, que
gradualmente deixou de ser industrial para se voltar ao comércio e aos serviços, é outro
componente do perfil urbano.
Na capital paulista, 85% dos habitantes estão empregados no
setor terciário, trabalhando no
comércio (61,3%), no transporte, na comunicação ou na estocagem (4,5%) ou na oferta de
serviços (19,5%). A construção
é posto de emprego de 2,5%; a
manufatura, de 11,8%. Só 0,3%
sobrevivem da agricultura.
Em Londres, comparativamente, o comércio emprega
menos, 27,4%, e os serviços,
mais, 50,9%. Já em Mumbai
são 41,9% sobrevivendo da venda de mercadorias e 28,7% tirando sustento dos serviços.
Quando questionados sobre
o principal problema do local
onde vivem, os paulistanos elegeram o serviço de saúde, quase
empatado com crime, que aparece em segundo lugar. Em terceiro, vem o transporte, que é o
que líderes e especialistas consideram o principal problema
da cidade, revelando o contraste entre a opinião de governantes e estudiosos e a percepção
dos cidadãos. Habitação é o segundo principal problema para
os especialistas, enquanto crime e planejamento urbano
aparecem empatados em terceiro.
(MARIANA BARROS)
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