São Paulo, Quinta-feira, 03 de Fevereiro de 2000


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Prefeito e Covas trocam 'alfinetadas'

da Reportagem Local

De um lado, o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), atacava. De outro, o governador Mário Covas (PSDB) e o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, revidavam.
Foi assim que terminou ontem uma cerimônia no Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça de São Paulo (centro de SP). O assunto em questão era quem deve tomar medidas para evitar os confrontos de perueiros.
O governador, o prefeito e o secretário foram ao evento para participar da reabertura dos trabalhos do Judiciário. Antes mesmo de o evento começar, Pitta já atirou a primeira pedra.
"O que me causa tristeza é essa omissão do governo do Estado com relação a uma ação preventiva para a fiscalização de perueiros", disse Pitta.
"Em uma cidade em que se reclama da segurança a polícia não pode tratar de perueiro. Amanhã também vão pedir para eu cuidar de fiscal de feira", revidou Covas, depois do evento. "Para evitar que perueiros coloquem fogo em ônibus, só se ficar um policial atrás de cada ônibus."
O secretário Petrelluzzi atribuiu à Guarda Civil Metropolitana o trabalho que Pitta diz ser da PM -o de ajudar nas fiscalizações de peruas. "Se a guarda não servir nessa situação, vão servir quando?", perguntou o secretário.
Ele também rebateu uma declaração feita anteontem por Pitta, que disse que Petrelluzzi deveria ser demitido por sua má atuação frente à Secretaria da Segurança.
"Felizmente, se um dia eu tiver de sair da secretaria, não será por problemas de impeachment", respondeu Petrelluzzi.
Covas, diante das perguntas de jornalistas sobre o assunto, ficou irritado. "Podia dar uma resposta objetiva, mas não vou dar. Também não faz diferença ele (Pitta) pedir. Agora, amanhã vocês vão dizer que Covas se irritou, mas tem que ficar irritado com uma coisa dessas (as perguntas)."
A briga entre a prefeitura e o governo também chegou ontem à Procuradoria Geral de Justiça. Uma representação da prefeitura encaminhada ao procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antônio Marrey, acusa o governo de ser omisso na questão envolvendo perueiros.


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