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MÁFIA MUNICIPAL
Câmara aprova comissão para investigar Maria Helena
da Reportagem Local
A Câmara Municipal de São
Paulo aprovou ontem, por 43 votos a zero, a abertura de uma comissão processante para analisar
supostas irregularidades cometidas pela vereadora Maria Helena
Fontes (PL), presa desde o dia 21
de dezembro, sob acusação de
coação de testemunhas.
Este é o primeiro passo do processo que poderá resultar na cassação do mandato da vereadora.
Na prática, Maria Helena pode
renunciar ao cargo para manter
os seus direitos políticos até a instalação da comissão processante,
que deve ocorrer hoje.
Depois, o processo não pode ser
mais interrompido e a vereadora
perde a chance de abdicar do
mandato.
A assessoria de imprensa da vereadora informou que ela não
tem a intenção de renunciar. Segundo a assessoria, Maria Helena
espera obter ainda hoje um habeas corpus para deixar a prisão e
iniciar sua defesa.
A comissão teve os seus sete integrantes escolhidos ontem por
meio de sorteio. São cinco vereadores do bloco governista e dois
da oposição.
A comissão terá três meses para
concluir os trabalhos. Nesse período, a comissão vai ouvir testemunhas, colher provas e analisar
a defesa da vereadora. No final do
trabalho, os integrantes apresentam um relatório favorável ou não
à cassação da vereadora.
São necessários 33 votos para
que o relatório seja aprovado no
plenário. Depois de aprovado, a
cassação só pode ser concretizada
com o voto de 37 vereadores.
A vereadora Maria Helena Fontes (PL) já foi denunciada (acusada formalmente) pelo Ministério
Público sob acusação de quatro
crimes de peculato (desvio de dinheiro público), dois de coação de
testemunhas e um de formação
de quadrilha.
O Ministério Público vai apresentar dentro de 15 dias mais uma
denúncia por porte ilegal de arma. Em agosto do ano passado, a
polícia e promotores encontraram uma espingarda, seis revólveres, duas garruchas e munição
na casa da vereadora. Algumas
armas não tinham registro.
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