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INTERIOR DE SP
Polícia achou US$ 791 mil
Casal é suspeito de sequestrar empresário
KÁTIA ZANVETTOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Civil de Americana
(128 km de São Paulo) e de Sorocaba (100 km) investiga uma possível ligação entre o casal preso
anteontem suspeito de integrar
uma quadrilha de tráfico internacional de drogas e o sequestro do
empresário Roberto Benito Júnior, de Salto (105 km), que ficou
120 dias em cativeiro.
De acordo com o delegado seccional de Americana, Paulo Jodas,
que está no caso ao lado da Dise
(Delegacia de Investigações Sobre
Entorpecentes), foram encontrados US$ 791 mil na mansão onde
Mauro Sidnei Braga e Sidnéia Silva, foragidos de cadeias de São
Paulo, foram detidos.
Desse total, US$ 700 mil eram
em notas de US$ 100. O dinheiro
encontrado foi enviado para o
Banco Central em São Paulo por
medida de segurança.
Na segunda-feira, a numeração
das cédulas encontradas anteontem e das notas que foram utilizadas para pagamento do resgate
deverá ser cruzada.
A residência, de alto padrão, fica
no bairro Jardim Santana, área
nobre de Americana. Além dos
dólares, foram apreendidas jóias,
um fuzil, um revólver e uma pistola calibre 9 mm.
Outras três pessoas haviam sido
detidas anteontem, mas só uma
continua presa. Os três acusados
que continuam detidos foram
transferidos de Americana a uma
cadeia não divulgada, porque, segundo a polícia, "são pessoas passíveis de serem resgatadas".
Por volta das 9h de ontem, um
Tipo parou em frente à casa, e
duas pessoas entraram no local.
Moradores avisaram a polícia.
Um dos jovens era enteado de
uma das pessoas detidas anteontem. Eles foram liberados.
A polícia encontrou uma mochila com R$ 465,28 em moedas
brasileiras, além de um laptop e
um telefone celular por satélite.
A polícia também apura a possibilidade de o casal ter comprado a
mansão, há dois meses, por R$
500 mil.
Família espera confirmação
O delegado seccional de Sorocaba, Everardo Tanganelli Júnior,
que está investigando o sequestro
de Roberto Benito Júnior, em parceria com a DAS (Delegacia Anti-Sequestro) de São Paulo e a Polícia Civil de Ouro Fino (MG), esteve anteontem na mansão.
Tanganelli Júnior também afirmou que os sequestradores do
empresário Benito Júnior podem
ter usado os "serviços" das pessoas detidas para "lavar" dinheiro
obtido com o sequestro.
O porta-voz Maurício Gardenal
disse que a família do empresário
não está acompanhando as investigações sobre o caso.
Segundo Gardenal, a família está deixando tudo nas "mãos da
polícia", mas, se comprovada a
relação entre o casal e o sequestro,
está esperando um eventual comunicado para reaver o dinheiro
pago no resgate.
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