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INFÂNCIA
Entidades lançam campanha contra o trabalho infantil
DA REPORTAGEM LOCAL
"Trabalho infantil doméstico:
não leve essa idéia para dentro de
sua casa!" É com esse slogan que a
agência publicitária McCann-Erickson lançará, nas próximas
semanas, uma campanha nacional que tem por objetivo combater o trabalho infantil doméstico,
problema que atinge, somente no
Brasil, mais de 500 mil crianças e
adolescentes (segundo o IBGE).
Dos mais de 6 milhões de crianças que ainda trabalham no país,
uma percentagem superior a 8%
está realizando tarefas domésticas, como empregadas e babás, ou
desenvolvendo algum outro tipo
de atividade similar.
A campanha publicitária vem
na esteira da união de forças de
entidades como Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Save the Children, Unicef, Fundação Abrinq e Agência de Notícias
dos Direitos da Infância (Andi),
que escolheram este ano para trazer a público a discussão de um
problema de difícil combate e ainda socialmente aceito no Brasil.
Outros percentuais e dados sobre o trabalho infantil doméstico
mostram que 30% dessa população infanto-juvenil começa a trabalhar antes mesmo dos 12 anos e
mais da metade tem jornada superior a 40 horas semanais.
Uma das principais características, e que dificulta ações de combate a essa modalidade de exploração infantil, está no fato de o
trabalho doméstico acontecer
dentro das casas e, por isso, ser
"invisível", fato que também possibilita uma série de abusos -que
vão desde baixa remuneração e
longas jornadas até abusos sexuais e atos de violência.
Segundo Percival Caropreso, diretor de criação da McCann-Erickson, algumas pessoas acreditam que estão realmente fazendo um bem às crianças. Por isso a
campanha não se preocupa somente em denunciar a questão,
mas também em mostrar que
existe uma solução.
"Aproximamos o mundo da
imaginação, já que, entre as brincadeiras das meninas, invariavelmente elas cuidam da "casinha",
com a realidade dessas outras meninas, que têm uma casa de verdade para cuidar", afirmou.
A veiculação dos anúncios em
rádios, emissoras de TV, jornais e
revistas depende da concessão
voluntária de espaços por parte
dos veículos de comunicação.
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