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São Paulo, segunda-feira, 03 de fevereiro de 2003

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No Rio, esquerda estará na avenida

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

O Carnaval do Rio de Janeiro deste ano levará a política, mais especificamente a esquerda, para a avenida. A Beija-Flor terá uma estátua do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na Unidos de Vila Isabel, desfilarão integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A Beija-Flor vai falar da ganância e da fome. Ambiciosa, sonha com a improvável presença do presidente da República no alto de um carro alegórico.
A escola também queria colocar um Cristo armado no desfile. No sábado, dom Eugenio Sales, arcebispo emérito do Rio, disse esperar que a Beija-Flor desistisse da idéia. A escola desistiu do Cristo armado, mas não do protesto. O diretor da comissão de carnaval, Luiz Fernando do Carmo, o Laíla, não adiantou como será a encenação com a mudança.
O carnavalesco disse que o tema da fome foi coincidência, embora combine com um dos principais programas do governo Lula. "Definimos o enredo em maio de 2002." A escola está preparando camisetas com o rosto de Lula estampado, que serão distribuídas para os participantes do desfile e o público. A diretoria espera que o presidente vá ao menos assistir.
Na Vila Isabel (do Grupo de Acesso), membros do MST estarão em três alas e no alto de um carro alegórico, e o movimento estará representado na comissão de frente. O enredo homenageia o arquiteto Oscar Niemeyer. Segundo o carnavalesco Jorge Freitas, Niemeyer, 95, não deve desfilar. Ele contou que a idéia da homenagem surgiu quando Niemeyer aceitou projetar, de graça, o Centro Cultural da Vila Isabel.


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