São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2004 |
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CLIMA Chuva provocou inundações em quase toda a cidade, falta de energia em vários bairros e fechou o aeroporto de Congonhas Enchente atinge até o Morumbi e pára metrô
DA REPORTAGEM LOCAL As chuvas que atingiram São Paulo no fim da tarde e início da noite de ontem voltaram a produzir o cenário de caos que se repete diariamente desde meados da semana passada. Dessa vez, praticamente toda a cidade foi afetada. Na zona leste, a força dos ventos destelhou parte da estação de metrô do Tatuapé, interrompendo o funcionamento da linha, a mais movimentada da cidade, por toda a noite. Na oeste, até a sede social do São Paulo ficou submersa. A chuva causou inúmeras inundações em quase todas as regiões e falta de energia, fechou o aeroporto de Congonhas e interrompeu a circulação de trens (o que afetou cerca de 100 mil pessoas). Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura), o temporal começou às 16h45 na zona leste. Às 18h30 toda a cidade já estava em estado de atenção (sob risco de alagamento). Às 21h ainda chovia fraco na zona sul, o estado geral de atenção permanecia, e a zona oeste estava em estado de alerta, quando há registro de inundação. As regiões oeste e sul foram as mais afetadas. Segundo o CGE, na estação de Campo Limpo (que fica na divisa das duas áreas), choveu um acumulado de 65 mm (1 mm é igual a 1 l de água em 1 m2). O volume de ontem já é 30% da chuva média para toda a cidade no mês (217 mm). No Butantã (zona oeste), choveu 53,8 mm. Os córregos Tiquatira (zona leste) e Pirajussara (zona oeste) transbordaram, arrastando carros, inundando casas e ruas e deixando pessoas ilhadas -a PM usou dois helicópteros para socorrer 11 pessoas. No Pari (centro), um telhado desabou. Houve vítimas, nenhuma delas grave. Por causa do refluxo de um córrego canalizado sob a avenida João Jorge Saad, a sede social do São Paulo Futebol Clube, ao lado do estádio do Morumbi (zona oeste), foi inundada. O prejuízo, segundo a assessoria do clube, é de R$ 350 mil a R$ 400 mil. Do lado de fora do estádio, muitos motoristas foram surpreendidos com a rapidez da inundação. "Tirei o carro hoje da concessionária", lamentava o empresário Ricardo Viscome, 32, que teve de guinchar o seu Golf novo após ficar mais de uma hora ilhado. Desde as 17h, trechos das zonas leste, norte, central e sul da cidade (incluindo bairros como a Vila Olímpia) ficaram sem energia. A previsão era que a situação se normalizasse até o fim da noite. O pico de lentidão foi de 85 km às 19h, normal para o horário. Colaborou o "Agora" Próximo Texto: Leste é porta de entrada da chuva Índice |
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