São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2004

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Leste é porta de entrada da chuva

DA REPORTAGEM LOCAL

O fato de que grande parte dos temporais de verão que prejudicam a vida dos paulistanos começam na zona leste para depois se espalhar -ou não- pelo resto da capital não é apenas uma mera coincidência meteorológica.
Pelo menos dois fatores contribuem para isso: a direção em que costumam soprar os ventos sobre a cidade e o fato de que a região leste concentra as ilhas de calor.
Em cerca de 70% dos dias do anos, os ventos que trazem as nuvens e a umidade para a cidade de São Paulo -ambos fundamentais para a formação das chuvas- vêm do litoral sul e da serra do Mar e entram na capital justamente pela zona leste.
Lá eles encontram temperaturas que costumam ser mais altas que a média da cidade por conta de um processo de urbanização despreocupado com a manutenção de áreas verdes e com a verticalização em excesso.
O ar quente da superfície do solo sobe, carregando as gotículas de água trazidas do litoral pela brisa marítima. Quando atinge uma certa altura, encontra temperaturas mais baixas, condensando-se rapidamente em nuvens, que se precipitam numa chuva forte, geralmente rápida e localizada, que pode produzir ventos locais e muitos raios.
São as chuvas convectivas, típicas do verão paulistano. Assim como elas, as enchentes da cidade não devem acabar tão cedo por causa da impermeabilização e da ocupação das várzeas dos rios.


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