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CLIMA
Linha 3 parou no final da tarde após destelhamento parcial da estação Tatuapé; destroços feriram quatro pessoas
Interrupção do metrô prejudica 200 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
Por causa do destelhamento
parcial da estação Tatuapé do metrô, na zona leste, e da conseqüente interrupção da circulação de
trens da linha 3-vermelha nos
dois sentidos, por volta das 17h30,
o Metrô estima que cerca de 200
mil pessoas foram prejudicadas.
A linha 3 (que liga o terminal rodoviário da Barra Funda, na zona
oeste, a Itaquera, na zona leste) é a
mais movimentada do sistema e
transporta por dia cerca de 1,1 milhão de passageiros. Só pela estação da Sé (centro) passam diariamente cerca de 750 mil pessoas.
Ontem à noite, muitos dos passageiros esperaram em vão durante horas nas estações pelos
trens, cuja circulação não tem
previsão de retorno.
Para minimizar os prejuízos, o
Metrô acionou o Paese (Plano de
Auxílio à Empresa em Situação de
Emergência), que coloca ônibus
para transportar os usuários, mas
isso não foi o suficiente para impedir a confusão e a superlotação.
Além dos usuários, o acidente
na estação Tatuapé, causado por
uma combinação de chuva forte e
uma rajada de vento de 50 km/h,
segundo o CGE, deixou ainda
quatro feridos. As telhas que cobrem a área de embarque e desembarque foram jogadas longe e
caíram no meio da av. Radial Leste, uma das principais vias de
acesso à região leste da capital.
Uma das telhas caiu exatamente
em cima de um carro que passa
pela avenida no momento do acidente e feriu dois adultos e uma
criança que estavam dentro do
veículo. Rubens Antônio de Silva
Oliveira, 29, teve escoriações no
braço e um corte no pulso, Janele
Vieira dos Santos, 28, teve lesão
no tendão do punho e J.A.S., 7,
fraturou o punho. Socorridos pelos bombeiros, os três foram encaminhados para o hospital Tatuapé, onde foram atendidos e liberados em seguida.
Já Gabriela Leal Ferretti, 29, estava na plataforma da estação Tatuapé quando as telhas começaram a cair, foi atingida por escombros e teve ferimentos leves.
Daniel Corbat, 29, que também
estava na plataforma, passou mal
na hora do acidente.Ambos foram encaminhados para o hospital de Ermelino Matarazzo (zona
leste), onde receberam atendimento, e depois foram liberados.
Espera inútil
Após o acidente e a interdição, o
Metrô fechou diversas estações da
linha 3 para evitar que as pessoas
entrassem, lotassem os locais e ficassem horas esperando em vão.
Na estação da Sé, no entanto, a estratégia não funcionou.
Lá, no início da noite, o aposentado Antonio Fernandes Carmona, 63, que mora em São Miguel
Paulista (zona leste) aguardava
havia duas horas e meia o eventual retorno dos serviços.
"Prefiro esperar a ir pegar um
ônibus no [terminal de ônibus]
Parque D. Pedro [também na zona central]. Está muito trânsito e
vai demorar mais", dizia.
Próxima dele, a desempregada
Rosa Lopes de Almeida, 33, estava
sentada no chão com seu filho de
um ano. Ambos aguardavam havia uma hora e meia pelo metrô,
para poderem voltar para a casa,
que fica perto da estação Guilhermina Esperança (também na zona leste da capital).
"Minha filha foi verificar no
Parque D. Pedro se é melhor ir de
ônibus ou esperar aqui", disse.
Colaborou o "Agora"
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