São Paulo, sábado, 03 de fevereiro de 2007

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análise

Planos da gestão Kassab são confusos

ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os planos da gestão Gilberto Kassab (PFL) para quem vai de carro ao parque mais famoso da capital paulista passam uma mensagem confusa sobre a política municipal de mobilidade.
Primeiro foi a restrição do estacionamento no parque Ibirapuera com a cobrança de zona azul -decisão que, embora passível de diversas críticas e ressalvas, acompanha de alguma maneira a tendência mundial de taxação e de dificuldades ao uso do transporte individual.
Em seguida, foi anunciada a intenção de retomar a proposta que já se arrasta por anos de construir uma garagem subterrânea -ampliando a oferta de vagas e, assim, atraindo mais veículos.
No mundo inteiro, especialistas defendem a cobrança para quem estaciona na via pública e preços altos para as garagens privadas.
É um tipo de pedágio urbano no formato de estacionamento, justificado socialmente pelo custo do transporte individual à sociedade (com acidentes, poluição e inclusive pela ocupação desigual da área pública) e para não incentivá-lo.
Em São Paulo, a crítica mais contumaz a esse conceito é a de que a cidade não oferece uma boa rede de transporte coletivo.
A ressalva é pertinente -embora, para alguns, possa ser mais uma desculpa daqueles que nunca estariam dispostos a andar de ônibus e até metrô.
O fato é que, independentemente desse debate, não está claro se a Prefeitura de São Paulo quer mais ou menos usuários indo de carro ao parque Ibirapuera.


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