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análise
Planos da gestão Kassab são confusos
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os planos da gestão Gilberto Kassab (PFL) para
quem vai de carro ao parque
mais famoso da capital paulista passam uma mensagem
confusa sobre a política municipal de mobilidade.
Primeiro foi a restrição do
estacionamento no parque
Ibirapuera com a cobrança
de zona azul -decisão que,
embora passível de diversas
críticas e ressalvas, acompanha de alguma maneira a
tendência mundial de taxação e de dificuldades ao uso
do transporte individual.
Em seguida, foi anunciada
a intenção de retomar a proposta que já se arrasta por
anos de construir uma garagem subterrânea -ampliando a oferta de vagas e, assim,
atraindo mais veículos.
No mundo inteiro, especialistas defendem a cobrança para quem estaciona na
via pública e preços altos para as garagens privadas.
É um tipo de pedágio urbano no formato de estacionamento, justificado socialmente pelo custo do transporte individual à sociedade
(com acidentes, poluição e
inclusive pela ocupação desigual da área pública) e para
não incentivá-lo.
Em São Paulo, a crítica
mais contumaz a esse conceito é a de que a cidade não
oferece uma boa rede de
transporte coletivo.
A ressalva é pertinente
-embora, para alguns, possa
ser mais uma desculpa daqueles que nunca estariam
dispostos a andar de ônibus e
até metrô.
O fato é que, independentemente desse debate, não
está claro se a Prefeitura de
São Paulo quer mais ou menos usuários indo de carro ao
parque Ibirapuera.
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